Por Aloísio Vander
Coluna Espírita
Chico Xavier
Há 114 anos nascia Francisco de Paula Cândido. O nosso Chico Xavier.
Chico Xavier foi muito criticado e condenado pelos seus opositores, mas acabou por se impor pela coerência e superioridade da mensagem da qual era portador.
É importância registrar que Chico se impôs não simplesmente pelo cunho superior de sua monolítica obra, mas pela postura cristã que norteou a sua vida.
Os opositores do Chico e, por extensão, do Espiritismo, se aferraram à proibição que Moisés decretou contra a evocação dos mortos, mas se esqueceram de analisar o contexto histórico em que ela foi baixada. Os hebreus haviam saído de 400 anos de cativeiro no Egito, onde assimilaram alguns de seus costumes. Entre eles, a necromancia para fins indignos. Por isso, Moisés corretamente proibiu o povo de praticá-la.
Jesus renovou a antiga lei dada por Moisés em muitos pontos e, no ponto referente à proibição de evocar os mortos, o Mestre nazareno revogou-a completamente, quando conversou com Elias e com o próprio Moisés, dois “mortos”, após a transfiguração no Monte Tabor.
Ouve também quem pretendesse que o Chico fosse uma fraude, uma espécie de prestidigitador. Que ilusionista chegaria a produzir 6 livros em apenas um mês, de qualidade irretocável, versando sobre ciência, filosofia, religião...
E se fossem esses livros frutos da própria genialidade do médium, loucura seria então sustentar que as obras pertencem a autores desencarnados. Sensacionalismo para vender mais, respondem à queima roupa os adversários. Afinal, ele é o autor mais lido em toda a América Latina!
Eles estariam com a razão, não fosse um simples detalhe: o Chico jamais recolheu um centavo sequer de direitos autorais; doou-os integralmente a instituições beneficentes e de divulgação da própria doutrina.
Mas o que fez do Chico um gigante imbatível, conforme afirmamos acima, foi o preceito de Jesus que ele incorporou aos mínimos atos de sua vida, o qual foi ensinado ao médium por sua mãezinha, nos tenros anos de vida: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”