Estudo geológico é iniciado no bairro Santa Luzia para decifrar cratera

As perfurações foram feitas perto de onde a pista cedeu e provocou grandes rachaduras no asfalto e em paredes de alguns imóveis.

17/07/23 - 09:00

Cratera abriu em quarteirão movimentado do bairro Santa Luzia, próximo ao Estádio do Bela Vista. Foto: ASCOM/Prefeitura de Sete Lagoas
Cratera abriu em quarteirão movimentado do bairro Santa Luzia, próximo ao Estádio do Bela Vista. Foto: ASCOM/Prefeitura de Sete Lagoas

Foi iniciado o estudo técnico para definir o que provoca a acomodação do solo em uma região do bairro Santa Luzia, ao lado do campo do Bela Vista. O serviço especializado foi contratado pela Prefeitura, que aguarda o resultado para definir qual tipo de intervenção deverá ser realizada no local.

A Prefeitura está investindo R$ 34.200,00 neste contrato. O prefeito Duílio de Castro e o secretário municipal de Obras, Antônio Garcia Maciel, acompanharam o início da sondagem profunda. 

A empresa contratada por meio de processo licitatório é a CWM Geotecnologia. Além do perímetro formado pela ligação das ruas Tupiniquins e Nestor Fóscolo, ela também irá analisar um trecho da rua Professora Tarcila do Santos, também no Santa Luzia, onde há uma leve acomodação do piso.

As perfurações foram iniciadas no dia 30 de junho, sexta-feira, perto de onde a pista cedeu e provocou grandes rachaduras no asfalto e em paredes de alguns imóveis. “Queremos tranquilizar a população, que ficou apreensiva por este fenômeno, que voltou a acontecer depois de 35 anos. Vamos encontrar o caminho para acabar de vez com esse transtorno”, destacou o prefeito Duílio de Castro. 

O levantamento é minucioso e será realizado em etapas. Na próxima, modernos equipamentos poderão detectar qualquer vibração que ocorrer a vários metros de profundidade. Tudo baseado em conceitos da Geologia.

“Neste momento ocorre a sondagem e também será realizado um estudo mais abrangente com alta tecnologia durante a madrugada, quando o trânsito será interrompido para evitar interferências na coleta de informações”, detalha Antônio Garcia Maciel.

Os profissionais acreditam que o abatimento está sendo provocado pela acomodação de rochas carbonáticas que podem se dissolver com o passar dos anos. O estudo vai detalhar que tipo de camada existe na região e a profundidade das ocorrências.

“Essas rochas são comuns na região de Sete Lagoas e o seu desgaste pode provocar cavidades subterrâneas que podem afundar. Estamos fazendo uma investigação geofísica e a sondagem para delimitar qual região pode ser afetada pela situação local. Com esta resposta poderemos definir uma contensão eficaz e resolver definitivamente esse problema”, esclareceu Carlos Vinícius Alves Ribeiro, geólogo da CWM Geotecnologia.

ENTENDA O CASO
No dia 2 de abril deste ano foi registrado um abatimento considerável em parte da pista entre as ruas Nestor Fóscolo e Tupiniquins. Em poucas horas, a Prefeitura montou uma força-tarefa para apurar causas e, simultaneamente, realizar reparos emergenciais. O abatimento provocou rebaixamento e trincas no asfalto.

Em parceria com o SAAE, uma grande cratera foi aberta, mas nenhuma anomalia foi identificada. Todo o trabalho foi acompanhado pela Defesa Civil e Guarda Civil Municipal para garantir a segurança do perímetro e dos imóveis próximos.

Para evitar alagamentos e acidentes, a cratera foi fechada no início de maio. Porém, em poucos dias um abatimento de grande intensidade foi registrado em parte da rua Nestor Fóscolo. O trecho está isolado e o trânsito liberado em parte da pista.

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