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Erika Nogueira: Manotinhas básicas

17/07/18 - 09:46

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Quem nunca deu uma manota que atire a primeira pedra. Eu sou mestre nessa arte e algumas pessoas que conheço também. Manota pra mim, na maioria das vezes é um momento de descontração. Mas é claro que existem situações em que uma palavra mal colocada não repercute muito bem. Aí não tem jeito. Não adianta nem tentar consertar que o negócio só vai piorar. Por isso, vamos voltar aos momentos de descontração.

 

Alguns anos atrás participei de uma gincana em comemoração ao Dia das Mães na escola das minhas filhas. A tarefa era simples. Tínhamos que escolher uma mãe para colocar vários acessórios (óculos, peruca, colar, pulseira, frufru, etc.). Cada acessório valia um ponto para a equipe. A mãe escolhida, uma amiga muito querida, é uma pessoa vaidosa e muito elegante.

 

Então, na hora em que a prova começou, as outras mães da equipe a encheram de badulaques. Terminado o tempo, foi iniciada a contagem de quantos acessórios cada representante da equipe tinha. E aí foram tirando um por um da nossa representante. Quando finalizaram a contagem, eu corri para perto dela gritando: “Falta um acessório, nós temos mais um ponto”. No meio da confusão, eu tentava de todo jeito tirar um colar do pescoço dela para garantir mais um ponto para nossa equipe. Mas como eu disse, ela é uma mulher muito elegante e enquanto eu dizia: “Tira o colar, tira o colar”, ela respondia: “Esse colar é meu, esse colar é meu”. Até eu entender que esse último colar não vali ponto, o restante da minha equipe se acabava de rir de mim. Da próxima vez que eu participar de uma tarefa como essa,

irei acompanhar o resultado à distância.

 

Minha penúltima (com certeza não será a última) manota foi em uma loja de materiais elétricos. O eletricista me pediu que comprasse duas lâmpadas de modelo tal (me falou o nome das benditas lâmpadas). Então eu fui até a loja e a vendedora gentilmente me perguntou o que eu desejava. Eu, super entendida do assunto “lâmpadas”, disse: “Preciso de duas lâmpadas tubonete”. Ela olhou bem pra mim e pediu que eu repetisse o nome da lâmpada. Não sei por que, mas toda vez que a gente dá uma manota, alguém pede pra repetir. 

 

Achando que ela não tinha entendido, eu falei pausadamente: “Preciso de duas lâmpadas tu-bo-ne-te”. Aí sim a vendedora me corrigiu com toda a classe: “Não seria tubo de led?” Não tínhamos mais o que fazer a não ser achar graça da situação. Não sei quem ria mais, se era a vendedora, minha filha ou eu. Enfim, comprei as lâmpadas e elas já estão devidamente instaladas. Se precisar comprar lâmpadas novamente, levarei o nome corretamente anotado. 

 

Há poucos dias, uma amiga estava tentando lembrar o nome que se dá para roupas de tamanho especial e perguntou no nosso grupo se alguém sabia. A irmã dela rapidamente respondeu: “O tamanho é king”. Pra gente não teve coisa melhor. “O tamanho é de roupa ou é de cama? disse uma. “Vou vestir roupa de cama agora” disse outra. Depois de muita zoação, alguém conseguiu responder que o tamanho é plus size e não king.

 

Outro caso engraçado que ouvi foi o seguinte: Perguntaram para uma colega de trabalho qual a parte do frango que ela mais gostava. Olha a resposta: “A parte do frango que eu mais gosto é pescoço de peru”. É quase inacreditável.

 

Um amigo me contou que estava conversando com uma pessoa sobre “pet”. E essa pessoa falou que gostava muito de “pet”, que sua vida era “pet”, não saberia viver sem “ pet”. Meu amigo, muito interessado no assunto também falou que adorava seu pet e não conseguiria ficar sem ele. A mulher então perguntou qual a técnica que ele usava com o “pet”. Ele respondeu que usava as técnicas mais comuns mesmo, como por exemplo, levar para tomar banho, levar para passear, brincar….Ela, meio sem entender, perguntou sobre qual “pet” ele estava falando. Aí ele disse: “Estou falando do meu pet, meu cachorro de estimação”. Foi nesse momento que eles perceberam que estavam falando de coisas diferentes. Enquanto meu amigo falava sobre pet - animal de estimação, ela falava sobre patch (de patchwork) - técnica que usa tecidos de formas variadas. Essa manota dispensa comentários.

 

Pra finalizar, não poderia deixar de contar sobre a manota internacional de uma grande amiga minha que chegou recentemente de Portugal. Ela me contou que depois de passar por várias cidades, ela e o marido se hospedaram em um determinado hotel. Como já estavam viajando há alguns dias e ainda teriam outros lugares para visitar, ela resolveu lavar algumas peças de roupa no banheiro (quem nunca fez isso né?). Quando olhou ao redor, viu que tinha umas cordinhas penduradas e ficou satisfeita achando que o pessoal do hotel pensara em tudo para o bem estar do turista, colocando até cordinhas de varal no banheiro. E assim ela foi lavando e pendurando as roupas, não se preocupando com o som que a cordinha fazia toda vez que tocava nela. Até que seu marido apareceu no banheiro dizendo que ligaram da recepção perguntando por que o alarme de incêndio tinha sido acionado. Ela respondeu que não havia mexido em alarme nenhum, só no varal de roupas. Concluindo: o varal de roupas era nada mais, nada menos, que o alarme de incêndio. Essa, pra mim, foi a melhor manota de todas.

 

Imaginem a cena, a pessoa em outro país achando que alarme de incêndio é cordinha de varal.

 

Assim sou eu, assim são meus amigos. Damos umas manotinhas de vez em quando, porém estamos sempre de bem com a vida.

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