APAE realiza manifestação na Lagoa Paulino por atrasados e reajuste

23/03/17 - 10:10

 

 

Na manhã desta quinta-feira, 23, funcionários, mães, alunos e pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Sete Lagoas (Apae-SL) realizaram uma manifestação no entorno da Lagoa Paulino, com concentração em frente ao Centro de Apoio ao Turista (CAT). Na pauta de reivindicações estão a cobrança dos repasses atrasados do Governo do Estado, o reajuste dos valores e, ainda, chamar a atenção da sociedade sete-lagoana para as condições financeiras precárias em que se encontra a instituição.

 

Dois meses de repasses atrasados

De acordo com a fisioterapeuta Luzitânia Souza, os reajustes dos repasses estão congelados desde 2013. "Queremos chamar a atenção da sociedade e também nos reunir com o deputado estadual Douglas Melo e com o secretário de Estado da Saúde, Sávio Souza Cruz, para discutir o pagamento e reajuste desse repasse", conta. 

 

Rosângela de Almeida, mãe de David dos Reis, de 23 anos, conta que o filho estuda na Apae há 14 anos e diz o quanto ele evoluiu. "Lá ele tem um psiquiatra e está no EJA. Antes ele era uma pessoa agressiva, não sabia muita coisa. Hoje em dia, não. Ele aprende, tem educação, é outra pessoa. Sou mãe voluntária, de apoio. Tudo o que pudermos fazer para ajudar nossos filhos, iremos fazer", afirma.

 

Outra mãe que participava da manifestação era Nilma Maria dos Reis, mãe de Dyulha, de 26 anos. "Milha filha estudou na APAE e hoje é funcionária da instituição. Entrou lá criança. Elas se sentem importantes na APAE. Precisamos de tudo. O ônibus não está rodando, a clínica está fechada. São médicos, pediatras, psicólogos, dentistas, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psiquiatra, terapeutas ocupacionais, enfim, o atendimento é completo. São crianças carentes, não só de dinheiro, mas também de atenção. Elas são muito carinhosas, cheias de amor", comenta. 

 

Reajuste municipal

Na tarde desta quarta-feira, 22, o prefeito Leone Maciel (PMDB) recebeu um grupo de representantes da entidade em seu gabinete e acordou um reajuste da contrapartida municipal de R$ 25 mil mensais para R$ 40 mil. No entanto, o prefeito critica o pequeno apoio do Estado e da União à entidade. "O Governo Federal com toda sua força financeira tem que ajudar mais. Quanto ao estadual, é preciso pressionar os deputados e, consequentemente, o governador". A proposta de aumento no subsídio mensal deve ser enviada para aprovação da Câmara Municipal já na próxima semana, uma vez que o novo valor não consta na Lei Orçamentária Anual de 2017. "A Apae é uma instituição séria que temos em Sete Lagoas e sempre mereceu meu respeito. Sempre afirmei que a prioridade em meu governo seria a saúde. Com este ato prestigiamos a saúde e a educação", comentou.

 

Marcelo Sander

 

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