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Editorial 1470 - Duílio deveria pedir avalistas

29/04/20 - 16:00

Por Chico Maia

O prefeito Duílio de Castro deveria redigir um documento exigindo que pessoas físicas, jurídicas e entidades de classes que o pressionam, dividam com ele a responsabilidade de acabar com o isolamento social, liberando geral, o comércio e outras atividades propensas a espalhar a Covid-19. Depois, ele submeteria o texto, com as devidas assinaturas, ao Ministério Público e à Justiça. Dependendo do que for recomendado a ele, daria uma canetada, liberando ou não.

 

O Brasil ainda não tem testes suficientes para saber o tamanho do problema. A pressão é grande sobre governadores e prefeitos para que acabem com o isolamento social e liberem a maioria das atividades cotidianas. Em Sete Lagoas não é diferente. Os argumentos de quem pressiona são que há poucos casos confirmados e que os leitos hospitaleres estão vazios. Se apegam a números e taxas percentuais, quando deveriam se apegar à realidade local e regional em atendimeto e internações. O Hospital Nossa Senhora das Graças, por exemplo, nossa principal referência, não tem sequer um tomógrafo, utilizando-se de parceria com terceiros para atender aos seus pacientes. Respitadores e outros equipamentos, então, sem chance, para uma demanda que nem precisa ser grande. Lembrando que acometidos mais graves por essa doença ficam em média dez dias numa Unidade de Tratamento Intensivo, o que acarretaria em filas e muito provavelmente em muitas mortes. Qualquer um de nós ou entes queridos poderá ter que enfrentar esta situação trágica. Melhor evitar o risco.

 

Assim como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, e outros governantes, o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Jonhson, achava que o coronavirus era uma “gripezinha” e não determinou medidas mais rígidas de isolamento no tempo correto. Até o dia em que foi parar numa UTI inglesa, quando mandou fechar tudo e adotou outras duras medidas.

 

Quarta-feira, 22, o jornalista mineiro Sérgio Utsch, correspondente do SBT na Europa e residente em Londres, informou: “REINO UNIDO: 759 mortes registradas nos hospitais nas últimas 24 horas. 18.100 britânicos mortos pela Covid-19. Números não incluem milhares que morreram em casa e nos lares de idosos do país.” 

“O Hospital Nossa Senhora das Graças, por exemplo, nossa principal referência, não tem sequer um tomógrafo, utilizando-se de parceria com terceiros para atender aos seus pacientes...”

 

Chico Maia

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