Esporte no Brasil e no Mundo

Chico Maia - Ed. 1405

11/02/19 - 12:52

O bom humor não pode faltar e os aniversariantes foram presenteados com perucas, pelo Marcelão (direita) que ficou bem de peruca vermelha.
O bom humor não pode faltar e os aniversariantes foram presenteados com perucas, pelo Marcelão (direita) que ficou bem de peruca vermelha.

Por Chico Maia

Quando enganadores e picaretas deitam e rolam

Todo início de ano a avaliação do futuro dos nossos clubes na temporada que se inicia é semelhante. No afã de

motivar os seus torcedores, os departamentos de marketing capricham e exageram nas letras, tintas e cores para dizer que os fulanos e beltranos contratados são espetaculares e que resolverão os problemas das respectivas posições. Ultimamente estão chegando ao ridículo de usar o Photoshop para montar foto com a cara de um contratado com a camisa do clube, até comemorando gol. Às vezes o sujeito não sabe ainda nem a cor da camisa do time. Boa parte da imprensa vai no embalo e participa dessa Ópera-bufa, vendendo ilusões, mentindo para o torcedor, elogiando determinados contratados sem nem vê-los jogar ou saber se estão bem fisicamente, se ainda têm energia e motivação para jogar futebol. Manchetes em letras garrafais e gritos aos microfones alardeiam: “chegou mais um reforço na Cidade do Galo … na Toca da Raposa … no Lanna Drumond…” Quando os campeonatos começam e a bola rola pra valer a frustração é gigante na maioria

ou totalidade dos casos. Jogadores sem qualidade técnica ou física, ex-jogadores em atividade, boêmios e enganadores com os seus empresários competentes deitam e rolam. Comem, dormeme ganham um bom dinheiro por uma ou mais temporadas sem justificar os investimentos, que não são poucos. Vão embora com os

bolsos cheios e rapidamente são esquecidos porque na virada do ano outros estão chegando, a roda continua girando e os prejuízos ficam com os clubes, dirigidos em incontáveis casos por irresponsáveis, incompetentes e aproveitadores. Bem ou mal intencionados, estes cartolas também vão embora, deixando os rabos de foguete para trás, com a omissão ou cumplicidade de grande parte da imprensa. Não é à toa que a cada ano menos pessoas está indo aos estádios ou se interessando como antes pelo time para o qual torce.

 

As apostas do Galo

Por causa do Levir Culpi acredito que o Atlético será melhor este ano que em 2018. Não sei até que ponto, se vai beliscar algum título ou não, porém, certamente terá um time melhor de se ver jogar; mais confiável. Levir é competente, tem credibilidade e se impõe.Tem controle sobre o grupo e não permite que a diretoria contrate

tão mal, como ocorreu ano passado. Das aquisições até agora, só achei fraca a do atacante Maicon “Bolt”. Se fosse bom de bola como é para dar entrevistas estaria na seleção brasileira, mas o time precisa é de quem jogue e marque gols. Boas apostas, como o lateral Guga, que veio do Avaí. Tem 22 anos e fez um bom Brasileiro na série B. O volante Jair é tido como um ótimo marcador e sabe chegar ao ataque; dos únicos

que escapavam do rebaixado Sport Recife. Vinícius, meia que ajudou o Bahia a se manter na A ano passado, chuta bem de longe e é habilidoso. A zaga deve deixar de ser “peneira” com o retorno do Rever e a chegada do

Igor Rabello, do Botafogo; para mim, a melhor contratação atleticana.

 

A base e o reforço

O Cruzeiro, além de manter comissão técnica e quase todo o time de 2018, se reforça com Rodriguinho, ex-América, principal jogador do Corinthians campeão brasileiro de 2017. Em condições normais joga até mais que o uruguaio Arrascaeta. Resta saber se está bem fisicamente, se está sendo mais profissional e se cuidando devidamente fora das quatro linhas. Ficou apenas uma temporada no futebol egípcio, para onde foi apenas para ganhar dinheiro, já que dentro de campo não teria nada a aprender por lá.

 

Aposta nos velhos e nos novos

Aos 31 anos, Neto Berola é a contratação mais famosa do América. Com menos dinheiro que os seus

maiores concorrentes, o Coelho investe em jogadores mais rodados e nas categorias de base. Acredito no olho clínico do técnico Givanildo Oliveira, que deverá contar na estreia do Mineiro, domingo, contra a Caldense, em Poços, com apenas quatro remanescentes do time que terminou 2018: o zagueiro Messias, os volantes Zé Ricardo, Juninho e o meia Matheusinho. Sempre às voltas com problemas físicos, Berola não era titular no CSA, clube que ajudou a subir para a Série A do brasileiro. É uma aposta válida da diretoria e torço para que seja muito útil. Mas acredito mais nos sete jovens promovidos da base pelo Givanildo, mesmo sem vê-los jogar. Além da tradição do América nesta área, qualquer jogador da base veste com mais orgulho a camisa do clube que o acolhe no início da carreira, somando a isso o sonho de se tornar alguém no mundo do futebol.

 

ECOS DO PASSADO

 

 

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Que saudade desses tempos e deste time. Meu começo como repórter da Rádio Cultura de Sete Lagoas. Quando conheci Diamantina e fui com este time fantástico do Textil (da Cedro e Cachoeira), que foi lá jogar contra o Tiradentes, na época outro timaço. Era 1976. Da esquerda para a direita o técnico Mundicão; Arquimínio, Bulosa, Mussarela, Humberto, Nonô Cuié, Tola, Juca, Edísio e Banana; Cirilo, Zé Afonso, Vicentão, Toco, Tone e Rubinho. Obrigado ao Edísio, que enviou a foto.

 

Chico Maia

O bom humor não pode faltar e os aniversariantes foram presenteados com perucas, pelo Marcelão (direita) que ficou bem de peruca vermelha. Os amigos se reuniram para comemorar os 55 anos do Leo Plotter (esquerda), 90 do pai dele, o querido Afrânio Silveira (centro), ladeados pelo Lertinho Fraga nesta foto. Gente importante da história da cidade, e gente boa demais da conta, Antônio Pontes (esquerda) e Rodrigo Paiva, prestigiando o Torneio Internacional de Masters na Arena do Jacaré, em foto do Marcelo Sander.

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