Coluna Espírita

Coluna Espírita - O único caminho

25/03/19 - 17:12

Aloísio Vander - colunista
Aloísio Vander - colunista

Por Aloísio Vander

Não foi sem fundamentação que o apóstolo Pedro registrou em sua carta que “o amor cobre a multidão dos pecados”. Ele ouviu esta frase da boca do próprio Mestre, quando uma antiga pecadora lavou-lhe os pés, em casa de Simão, o fariseu. Na ocasião, Jesus, referindo-se àquela mulher, disse ao fariseu: “Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou”. Com Jesus, aprendemos que a senha para a felicidade chama-se Amor. Ele revogou todas as leis antigas que sancionavam a violência. No Sermão do Monte, disse que o “olho por olho” deveria ser substituído pela não resistência ao mal. E esse ensino ele exemplificou até à morte. Nunca revidou uma só violência sofrida, embora tenha advertido que, se o quisesse, poderia chamar “doze legiões de anjos” para defendê-lo. A Doutrina Espírita nos ajuda a conhecer a Lei de Causa e Efeito, que devolve a cada um estritamente aquilo que dá à Vida. Quando o Cristo ensinou a não resistência ao mal deu nos a chave para a nossa libertação espiritual. Espíritos com extensa série de reencarnações, sabemos que quanto mais remontarmos ao passado, mais primitivos nos encontraremos e, consequentemente, mais comprometidos com os instintos grosseiros. Pois bem, aí está a origem de nossos débitos passados, que hoje nos acarretam provas e expiações. Essa a razão da Humanidade se encontrar envolta em tantas dificuldades, fruto das nossas construções ruinosas do passado. Daí infere-se que não podemos perder de vista as nossas atitudes de hoje, porque elas pavimentarão o nosso caminho futuro com flores ou com espinhos, à nossa escolha. Diante dessa verdade, entendemos, com Jesus, que o único caminho para nos libertarmos definitivamente do sofrimento é o Amor. E devemos começar por nossos lares, onde a Divina Sabedoria reuniu afetos e desafetos do passado para o reajustamento indispensável. E, conscientes de que não nos tornaremos santos da noite para o dia, comecemos com pequenos gestos de amor, seguindo o alvitre da luminosa Madre Teresa de Calcutá, quando afirmou: “Sejam gentis uns com os outros, em suas casas. Sejam gentis com os que os cercam. Eu prefiro vê-los cometer erros com generosidade do que produzir milagres sem compaixão. Basta uma palavra, um olhar, um gesto, para afastar a escuridão dos corações daqueles que amamos.”

 

Aloísio Vander

aloisiovander@yahoo.com.br

 

Aloísio Vander

Aloísio Vander - colunista