Todos nós possuímos amigos espirituais. Eles não são exclusividade dos médiuns, como podem supor alguns. Sem eles, a vida na Terra seria composta de um número bem mais dilatado de erros e decepções.
Esses amigos espirituais não são funcionários burocráticos da segurança escolhidos a esmo por Deus para nos auxiliar e proteger. São vínculos dos nossos corações, constituídos, por vezes, desde eras remotíssimas, que nos acompanham por amor, desejando nos colocar no mesmo passo com que eles seguem para Deus.
Caso emblemático na literatura espírita é o de Alcione e Pólux, protetora e protegido; eles são protagonistas do livro Renúncia, psicografado por Chico Xavier. A vinculação entre esses dois espíritos remonta à criação deles próprios, segundo se constata na fala da própria Alcione, dirigida a Pólux: “Nós que saímos juntos do mes¬mo sopro de vida, chegaremos juntos aos braços amoráveis do Eterno.” (cap. 1).
Vale lembrar que, apesar do auxílio valioso de Alcione, Pólux faliu desastradamente na nova oportunidade reencarnatória. Isso porque os guias não farão por nós o que somente a nós compete fazer.
A Doutrina Espírita nos ensina que não só os indivíduos têm os seus guias espirituais, mas as cidades, os estados, os países e os orbes também os possuem.
O guia espiritual do nosso planeta é Jesus. O guia do Brasil, segundo estamos informados, é um anjo chamado Ismael. O guia de Minas Gerais seria aquele espírito que, na História, ficou conhecido pela alcunha de Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira. E o guia de Sete Lagoas, segundo seguras informações, é Monsenhor Messias.
Todos nós possuímos uma legião de amigos espirituais trabalhando em torno de nossos passos, a fim de que tenhamos um melhor aproveitamento da oportunidade reencarnatória. O essencial é sintonizarmos com eles através do cultivo dos bons pensamentos, abstendo-nos dos sentimentos de medo, pessimismo e maldade.
Aloísio Vander
aloisiovander@yahoo.com.br
