Coluna Espírita

Coluna Espírita: Um preparo permanente para a desencarnação

11/06/19 - 10:43

Por Aloísio Vander

“Pobres homens, que mal conheceis os mais vulgares fenômenos da vida! Julgais-vos muito sábios e as coisas mais comezinhas vos confundem. Nada sabeis responder a estas perguntas que todas as crianças formulam: Que fazemos quando dormimos? Que são os sonhos?”

 

O parágrafo acima está inserto na resposta dada pelos Espíritos à questão 402 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Na referida questão, Kardec perguntou: “Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?”

 

Para a Doutrina Espírita, durante o sono o corpo físico descansa, porém a alma dele se desprende para ir em busca daquilo que mais ama, razão pela qual Jesus afirmou: “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” (Mt, 6:21; Lc, 12:34)

 

Afastada parcialmente da “prisão de carne”, a alma tem mais lucidez psíquica, penetrando nos seus arquivos mentais mais profundos, podendo, em dadas condições, trazer à tona recordações referentes às suas vidas passadas. Quando a alma é evoluída, pode penetrar nos arcanos do futuro, como fazem os profetas.

Livre dos grilhões das células físicas, ela entra em contato com os Espíritos que lhe são afins, sejam encarnados, que também estejam dormindo ou em transe, ou desencarnados. Durante essas horas a alma viaja pelo Espaço com seus guias espirituais, trabalhando, aprendendo e servindo, adquirindo conhecimento e resistência para as lutas cotidianas.

 

Por outro lado, durante o sono as almas viciosas unem-se a seus pares no Além para darem curso às suas paixões grosseiras, tramar projetos nefastos contra seus adversários. São também muito comuns as obsessões que têm seus primeiros “plugs” implantados durante o sono, através de diálogos sugestivos, hipnóticos. Depois são alimentados, noite após noite, até que os objetivos perversos sejam atingidos.

 

É comum não nos lembrarmos dos sonhos porque as experiências vividas em outra dimensão não chegam muito nítidas ao cérebro físico. Os Espíritos amigos também costumam “apagar” as lembranças dos sonhos para que elas não causem interferências desnecessárias em nossas atividades diurnas. 

 

O fato de sairmos do corpo todas as noites representa um preparo permanente para a desencarnação. Se atentássemos para esse fato, não teríamos tanto medo da morte.

 

Aloísio Vander

aloisiovander@yahoo.com.br

 

Aloísio Vander