Diabetes: como evitar ou conviver com a doença

06/12/17 - 08:56

A nutricionista Vanessa Resende
A nutricionista Vanessa Resende

De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado no ano passado, mais de 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes, doença que mata 72 mil pessoas por ano no país. Isso sem contar que muita gente é diabética e nem imagina. Em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado no último dia 14 de novembro, o SETE DIAS ouviu dois especialistas no assunto: o médico nutrólogo Leonardo Martins Barbosa, da Clínica Auto Estima, e a nutricionista, da Academia Nado Livre, Vanessa de Almeida Resende.

 

Segundo Leonardo Barbosa, a forma mais comum da doença é causada por múltiplos fatores, apesar de a genética estar envolvida. Para ele, se a questão da herança familiar é impossível de ser prevenida, uma vez que ninguém escolhe em que família nascerá, é possível, sim, escolher se queremos aumentar a chance de nos tornar diabéticos ou não, inclusive se queremos ser os primeiros diabéticos da família. “O maior fator de risco é a obesidade e tudo que está envolvido nesta doença como o sedentarismo e os erros alimentares. Além disso, temos a pressão alta, o colesterol alto, as mães de filhos que nasceram com mais de 4 kg ou que sabidamente tiverem diabetes gestacional”, afirma.

 

Vanessa Resende completa que os dois tipos mais comuns da doença possuem origens diferentes. “A causa do diabetes tipo 1 é que o pâncreas não produz insulina em quantidade suficiente, devido a um ‘ataque’ do sistema imune às próprias células que produzem o hormônio. Já a causa do diabetes tipo 2 é que o corpo não consegue utilizar a insulina de maneira adequada. O pâncreas produz insulina, o problema é que ela não realiza seu papel de oferecer o açúcar do sangue às células que precisam de energia”, explica.

 

Vida que segue 

No entanto, é possível levar uma vida normal com a doença, mesmo não tendo cura. “O que o diabético está proibido é de ingerir açúcares, nisso incluídos os doces e todas as receitas que levem muito açúcar. Se um diabético tiver bons hábitos de vida, como uma alimentação saudável, prática de atividades físicas, manter-se dentro de um peso ideal, poderá até mesmo não fazer uso de medicação”, revela Leonardo Barbosa. Quer vida mais normal que essa? Apesar da normalidade, Vanessa Resende reforça a importância de exames de rotina. “É preciso avaliar periodicamente como está a saúde e fazer o acompanhamento necessário”, lembra.

 

Vanessa diz ainda que, sempre que a pessoa recebe o diagnóstico de diabetes, acha que não vai poder comer mais nada do que gosta, que sua vida social acabou. “O profissional nutricionista irá avaliar este paciente e distribuir, dentro de um plano alimentar, os tão temidos carboidratos, além de ensinar a olhar rótulos, dar receitas e desmistificar muito do que existe sobre alimentação do diabético”, argumenta.

 

Em Sete Lagoas

Mas é possível encontrar uma boa variedade de produtos para diabéticos em Sete Lagoas? Segundo os especialistas ouvidos pelo SETE DIAS, sim. “O melhor estabelecimento de compra de alimentos para os diabéticos se chamam sacolão”, brinca Vanessa. Leonardo Martins confirma ainda, sem citar estabelecimentos específicos, que a cidade é bem atendida nesse quesito. “Temos bons restaurantes self-service, muitos deles com vasta variedade de alimentos que podem ser consumidos normalmente por diabéticos. Muitas farmácias agora têm várias fileiras de opções para diabéticos. Temos lojas especializadas em alimentos saudáveis e dietéticos. Os grandes supermercados sempre têm gôndolas de produtos específicos para diabéticos. Até a padaria de bairro pode atender”, diz. (MS)

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