Uma decisão da Justiça da Vara da Família e da 3ª Vara Cível da Comarca de Sete Lagoas contra o sócio fundador do Grupo Padrão de Comunicação, Geraldo Alves Padrão, está refletindo no funcionamento da Rádio Emissora Musirama Ltda. Aliado à sua ausência no programa O Povo No Rádio por três dias seguidos, o fato suscitou comentários de que o comunicador havia perdido o controle da emissora, em meio a uma disputa familiar. Pai e filhas discutem bens constantes do inventário de Deusânia Maria, ex-esposa e mãe das filhas do comunicador, falecida em julho de 2011. O inventário está em tramitação no fôro da Comarca de Sete Lagoas. “A Fundação Educativa e Cultural de Lazer do Alto do Rio das Velhas (Funeclav) administra a rádio Cultura FM e nada tem a ver com o processo em curso, e nem com as duas outras emissoras”, informa Geraldo Padrão. Em contato com um funcionário do grupo próximo à família, mas que preferiu não se identificar, o SETE DIAS apurou que Geraldo Padrão continua sócio-proprietário majoritário da Musirama. "A única mudança que houve está relacionada a uma parte da administração da emissora em função de questões jurídicas familiares, oriundas do inventário e que até hoje não teve o seu desenrolar final", disse a fonte. Ainda de acordo com o funcionário, Padrão teve que se ausentar do programa O Povo no Rádio naquela semana para comparecer ao julgamento no Tribunal de Justiça e também em reuniões com seus advogados em Belo Horizonte. Na sexta-feira, dia 5, o apresentador já havia retornado ao programa. Geraldo Padrão reforça que, no entanto, a Musirama continua na ativa, independentemente de como ficará a administração da empresa e, necessariamente, que se chegue a uma rápida conclusão no encerramento do inventário e partilha dos bens. Segundo dados do Ibope ao que o SETE DIAS teve acesso, a rádio é a 14ª mais ouvida da região metropolitana de Belo Horizonte, à frente de gigantes como CBN-BH e Band News BH. As disputas familiares, porém, estão longe de terminar. A decisão proferida pela Justiça no último dia 2 de julho apenas derrubou uma liminar que Padrão possuía. O processo ainda está no início, na primeira instância, e pode ter várias reviravoltas, segundo a fonte.
FAKE NEWS
Também circulou pelas redes sociais que Lucas Brito, ex-procurador do município e esposo de uma das filhas de Padrão, Indianara Brígida, passaria a ser o controlador do grupo. A fonte também afirmou que isso não é verdade. "O Lucas não faz parte dos processos que envolvem a emissora, unicamente relacionados às duas filhas do Geraldo Padrão, Indianara e Jerryle Tagliane", confirmou a fonte ao SETE DIAS. Procurada, Indianara Padrão não se manifestou até o fechamento desta edição. Já Lucas Brito preferiu não comentar o assunto por estar sendo tratado judicialmente.
