Editorial: Demagogia e inversão de valores

16/08/18 - 16:49

Neste país de milhões de mal educados em casa e mal formados nas escolas de todos os níveis, demagogos da política deitam e rolam, principalmente em anos eleitorais, como este. Infelizmente, muitas vezes a imprensa, inocente útil ou movida por interesses inconfessáveis, dá valiosos espaços para que estes enganadores se aproveitem da boa fé de multidões. Com isso, eles multiplicam seus votos e dão sequência ao processo de “imbecilização” do país de norte a sul, leste a oeste. Assim funciona nos municípios, nos estados e em dimensão nacional.

 

A autoridade, seja qual for, precisa ter firmeza e se fazer respeitar em suas determinações em benefício da coletividade. Mesmo quando adotam medidas impopulares, os poderes públicos não podem recuar, claro que em seus atos transparentes e de interesse da cidadania.

 

O Brasil está atolado na corrupção, violência e todo tipo de desmandos, mas ainda assim são muitas as correntes que não querem o endurecimento das leis, o fim dos privilégios a malfeitores, e que querem a soltura de corruptos condenados pela Justiça em segunda instância.

 

Nesta edição do SETE DIAS, duas notas na coluna Sem Reserva servem para exemplificar o quanto é difícil mudar o comportamento viciado do país. Todos sabemos que o excesso de velocidade nas estradas e vias urbanas é um dos principais causadores da violência e insegurança que marcam o nosso dia a dia. E a maioria das pessoas só se conscientiza de suas responsabilidades quando o “bolso dói”. Pois há vereadores batendo forte na administração municipal, denunciando uma suposta “indústria de multas”. Ora, ora, eles deveriam cobrar é a instalação de mais radares e câmeras, que fiscalizem não só o abuso da velocidade, bem como os avanços de sinal, outra prática tão comum em Sete Lagoas. E cobrar também que os recursos arrecadados com essas multas sejam utilizados na melhoria do tráfego, especialmente no que se refere à qualidade das nossas vias, permanentemente esburacadas, no centro, nos bairros e distritos da cidade. Com isso, ajudariam a educar motoristas irresponsáveis, diminuir a delinquência e nos fazer economizar com a manutenção de nossos veículos, penalizados em seus pneus, balanceamentos, amortecedores e suspensão, além de outros itens, afetados pelas “crateras” do dia a dia de todo sete-lagoano.

 

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