A foto que ilustra este editorial está no recém-relançado livro do jornalista e escritor mineiro, de Além Paraíba, Zuenir Ventura, “ 1968 – O Ano Que Não Terminou”, pela editora Objetiva, 30 anos depois de sua primeira edição. Ela tem importância emblemática para nós, de Sete Lagoas e região, e foi publicada também no caderno de cultura do jornal O Globo, de domingo 13/05, com a legenda: “Sexteto na prisão, em 1968. Da esq. para a dir.: o poeta Gerardo Mello Mourão, o jornalista Osvaldo Peralva, o advogado Tanus Jorge Bastani, Zuenir, o psicanalista Hélio Pellegrino e o então deputado João Herculino, ao lado de um policial”.
As gerações mais novas sabem pouco ou nada sobre o sete-lagoano João Herculino, que foi prefeito da cidade e um dos mais combativos deputados do Congresso Nacional. Defensor da democracia, juscelinista, cassado e preso pelo regime militar por defender as suas ideias. Gostassem ou não de suas posições, era respeitado pela defesa veemente do que pensava. Junto com Renato Azeredo, adversário político, mas não inimigo, mantinha Sete Lagoas e cidades da região em destaque, tanto na tribuna da Câmara dos Deputados quanto nos pleitos de benefícios comunitários aos governos estadual e federal.
Neste ano em que teremos eleições, é fundamental lembrarmos que já fomos fortes politicamente e que precisamos recuperar este prestígio. Tanto Minas Gerais quanto a nossa região sofrem por causa da inexpressividade dos parlamentares que vêm ocupando as cadeiras de deputados e senadores em Brasília.
Pesquisemos os nomes que já estão se colocando. Troquemos ideias, ajudemo-nos e ajudemos amigos, vizinhos, patrões e empregados a escolher bem e correr menos riscos de novos erros comprometedores. O Brasil vai muito mal, Minas, idem, e só podemos mudar por intermédio do bom voto.
