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Juninho Sinonô - As técnicas de Daniella Visco

24/05/19 - 08:37

Juninho Sinonô e Daniella Visco
Juninho Sinonô e Daniella Visco

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Daniella Visco é dançarina, coreografa, professora, diretora, e referência nacional na preparação corporal para espetáculos, filmes e peças. Já preparou profissionais como Débora Secco, Ney Latorraca, Fernanda Montenegro, entre outros. Ministra regularmente oficinas, aulas e palestras para atores e não-atores com teorias e técnicas avançadas do corpo e do movimento em todo o Brasil, Londres e EUA.

 

Você tem um grande relacionamento com a dança. Qual é o poder da dança? Na verdade, eu comecei como bailarina clássica. Com 15 anos eu já era profissional do balé clássico. Mas quando eu vi, eu me vi muito infeliz, eu me vi muito triste. Eu era uma criança triste e quando eu me vi, eu me vi prisioneira dentro daquela técnica. E aí todo o meu caminho, foi em busca de achar uma dança que fosse minha, e que não fosse uma técnica. Então, todo esse trabalho que faço com o ator, foi uma busca que eu tive que fazer em mim, de encontrar a minha dança. Então, quando eu faço um trabalho para o ator, eu fico tentando resgatar o ser que mora dentro dele, para que ele comece o trabalho dele de ator a partir do que ele encontra dentro. Na verdade, tudo que eu faço de trabalho foi por causa de que eu como artista, cheguei num lugar de muita tristeza. Eu cheguei num lugar cheia de técnicas, já morando fora, como bailarina clássica, mas triste. Eu disse: “opa...cadê eu dentro disso?"

 

E o que te trouxe a alegria de volta? Eu nem sei se essa palavra cabe, “alegria”. Eu acho que achar o meu serviço, e ajudar o outro, me dá alegria. Quando eu vou numa aula e eu faço um trabalho que eu sinto que eu pude ajudar aquelas pessoas a mudarem de ponto, a se relacionarem com mais plenitude em relação ao que elas são, isso me dá alegria.

 

No seu trabalho você alerta muito os seus alunos sobre o cuidado com o pensamento. O que pensar, como pensar, em quem pensar. Qual é o tamanho da força do pensamento? Pois é, eu estou eternamente nesse estudo. Eu ainda me sinto, apesar de estudar isso há tanto tempo, eu sempre acho que eu ainda tenho muita coisa para estudar. Cada vez que eu dou um passinho, eu digo: “nossa, como ainda eu sou ignorante!” Então assim, por mais que eu já identifique, tudo que eu divido é porque eu experimento em mim. Então, eu só tenho propriedade para falar de coisas que eu já percebo no meu próprio exercício comigo mesma. E hoje em dia, essa raça humana que tá aqui, a gente já teve um momento da raça humana que foi o desenvolvimento do corpo físico, que é esse corpo físico que a gente tá aqui hoje, já teve o desenvolvimento do corpo emocional, e nós estamos numa era do desenvolvimento do corpo mental. É inegável esse poder do pensamento, e eu acho que na verdade, quando eu divido com os alunos, eu estou estudando junto na verdade. Eu sei do poder dele, exercito ele em mim, e quando eu divido eu estudo junto né!? Todo o meu trabalho é um estudo permanente. Eu sou uma eterna estudante. Quando eu tenho uma turma de alunos, na verdade são parceiros de estudo. Cada aula, ela se renova ali, porque o estudo já é outro. Então a forma que eu estou abordando hoje um assunto, já é diferente. Então, a forma que eu estou abordando hoje um assunto, já é diferente do que eu abordei na semana passada, porque eu já mudei de ponto, e eu já estou vendo coisas, as vezes eu até me contradigo. Eu digo: “nossa, eu falei semana passada aquilo, mas hoje eu entendi  que não é bem aquilo”. E eu me coloco muito dessa forma com os meus alunos. Eu me coloco como uma estudante, e isso me dá uma dinâmica e faz com que eu não tenha um trabalho repetitivo e automático. Ele tá sempre por se fazer naquele momento. Eu tenho um caminho muito longo de dança, de yoga, de estudo com várias técnicas. Esse corpo aqui já viveu muitas técnicas corporais. Eu já tive muitas experiências, é o cruzamento de muitas experiências. Isso no paralelo com muito trabalho espiritual. (...)

 

TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS, E NEM UM SEGUNDO A MAIS!

 

Juninho Sinonô e Daniella Visco

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