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Juninho Sinonô - O que há de errado com Sete Lagoas?

14/06/19 - 11:13

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O primeiro erro está nos parâmetros escolhidos. As justificativas dos nossos problemas estão atreladas à crise econômica, ocasionada pela falta de arrecadação e repasses do governo estadual, além da crise política, que engessa o funcionamento normal da máquina pública.

Contudo, o nosso estado possui nada menos que 853 municípios, e com todos os nossos problemas, por incrível que pareça, continuamos a ocupar 83ª lugar no PIB de Minas Gerais e a 1ª da microrregião. Portanto, ao invés de usarmos as motivações das cidades em idênticas situações de calamidade, deveríamos ter a nossa mira à frente, em municípios como Uberlândia, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Nova Lima, Itajubá, dentre outros até de tamanho inferior, como é a situação crescente de Curvelo. Já temos a nossa primeira lição: copiar é melhor que reclamar.

O mais sensato seria voltarmos nossos olhos para a gestão daquelas tidas como modelo, na busca não de justificativas, mas das soluções que foram usadas quando elas passaram por situações adversas similares as que vivenciamos hoje. Outra premissa fundamental é que, no grosso modo, o enriquecimento não é pautado apenas no quanto se ganha. Mais importante é gastar menos do que gastar, e nunca antes de se ter. Para quem escolhe a abordagem meramente social, e entende que a função da esfera pública deve ser a busca da igualdade e distribuição de riquezas, digo que continuamos a falar da mesma coisa. Tanto para o desenvolvimento econômico, quanto para a fomentação dos projetos sociais, antes é preciso a captação dos recursos e depois, que sobrem para tais direcionamentos, seja para política de governo pautada no econômico ou no social. Para trazermos a segunda lição do campo privado para o público, basta que a ela se dê a roupagem da eficiência, que é a capacidade de um administrador “fazer as coisas direito”, e de alcançar mais com menos, atendendo ao máximo os anseios da sociedade com os recursos que emprega.

Dependermos de anistias fiscais para o pagamento das despesas, com destinação massiva às folhas de pagamento em atraso, é sinal de que o nosso sistema tributário é falho e que gastamos mais que ganhamos. Ops.....erramos três vezes! Não estamos ganhando, continuamos a gastar mais do que temos, inclusive sem ter em caixa. Temos um sistema tributário que não funciona. É ineficiente, pois exige mais do que se pode pagar, o que gera um efeito catastrófico no desenrolar da cadeia: o município cobra, mas não leva, o contribuinte deve, mas não paga, e o funcionalismo trabalha, mas não recebe. Sem contar a fuga de receitas, das empresas que deixam de vir ou fecham suas portas e vão para cidades com cargas tributárias mais equitativas, como as que mencionei no início. Bingo! Por derradeira, a lição de que feliz é quem vive bem com o que se tem. Essa se aplica ao patrimônio da máquina, seja ele material ou humano.

Vou abster da minha completa incompreensão do fato de uma cidade que dispõe da quantidade de ativos imobiliários como a nossa pagar uma fortuna mensal destinada a aluguéis de casas, prédios e terrenos, para focar na falta da estruturação do funcionalismo público. O ser humano é a engrenagem mestre de qualquer instituição, e será ele quem vai definir o êxito do resultado almejado. O alto escalão é a pontinha da estrutura. Abaixo dele, existem o corpo e o alicerce, compostos por milhares de outras pessoas, que, de acordo com o empenho auferido, determinarão se essa pontinha terá um telhado robusto ou de vidro. Não há possibilidade alguma de resultados externos, sem antes eles serem internos, começando de dentro para fora.

É preciso reciclagem com o que há de novo, capacitação setorial com aquilo que de fato é exercido na prática, e o mais importante, a criação de possibilidades para que o colaborador tenha reconhecimento por sua produtividade, e oportunidade de por conta própria conseguir a progressão da sua carreira. Essas são diretrizes, que podem nos ajudar de alguma maneira. Para resolver os problemas, ou entendermos por que eles existem, vai depender do que iremos fazer com elas.

TUDO ISSO EM DEZ MINUTOS E NEM UM SEGUNDO A MAIS!

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