Legal Hackers: SL passa a ter grupo dedicado à inovação no Direito

08/11/18 - 17:13

Law techs, uso da tecnologia pelos profissionais do direito, blockchain, mercado jurídico para startups, etc... estes são alguns desafios que um grupo composto por advogados, empreendedores e profissionais de marketing de Sete Lagoas pretende elucidar, no próximo dia 8 de novembro, às 19h, na Faculdade Santo Agostinho, durante o lançamento da unidade local do Legal Hackers, um movimento global de advogados, políticos, designers, tecnólogos e acadêmicos que exploram e desenvolvem soluções criativas para algumas das questões mais urgentes na interseção entre lei e tecnologia. Por meio de encontros locais, hackathons e workshops, os “hackers jurídicos” identificam problemas e oportunidades onde a tecnologia pode melhorar e informar a prática da lei e onde tanto a lei, a prática jurídica e a política podem se adaptar à tecnologia em rápidas mudanças.

Segundo projeções de especialistas, o ramo do Direito será (e já está sendo) um dos mais impactados pelas recentes mudanças tecnológicas. Robôs já são capazes de, por meio de inteligência artificial, criar pareceres jurídicos. “Tenho me deslocado muito por várias partes do Brasil e da América Latina, o que me fez constatar uma grande disparidade do Direito vivido e discutido em Sete Lagoas para o que se tem visto nos grandes centros urbanos. A tecnologia e a inovação no Direito vieram para ficar e os profissionais que não se moldarem a essa nova realidade sofrerão muito no mercado em um futuro muito próximo. A ideia então foi desenvolver essa temática em Sete Lagoas para ligar a cidade ao resto do mundo”, revela o advogado Marcílio Drummond, membro do Santa Helena Valley (SHV - ecossistema de startups de Sete Lagoas e região) à frente da iniciativa.

O empreendedor Jonathan Ramos, também membro do SHV e co-fundador do Legal Hackers Sete Lagoas, também compartilha dessa visão. “Tenho acompanhado, estudado e visto, o quanto o desenvolvimento tecnólogico tem melhorado a qualidade de vida das pessoas e alavancado economias e negócios. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas ainda se deixa enganar pelos fins dos processos, onde tudo só parece ser possível graças à tecnologia, quando na verdade a viabilidade da mudança está enviesada a uma mudança comportamental. E esta será uma das minhas principais funções dentro do Legal Hackers, mostrar que a mudança vem, e virá, de nós, e não das máquinas”, afirma. Ou seja, para Jonathan Ramos, o segredo está nas pessoas.

Também compõe o grupo fundador do Legal Hackers Sete Lagoas a tabeliã, professora de Direito Constitucional e especialista em Direito Processual Constitucional, Marília Couto. Para ela, novos tempos, gerações distintas, crises e concorrência acirrada exigem cada vez mais do acadêmico e dos profissionais que ainda estão em formação. “Proporcionar um novo modelo de pensar, atuar e se comportar é uma necessidade iminente. Pensando nisso é que trazemos a Sete Lagoas o Legal Hackes, que é muito mais que uma palestra. Somos um movimento que vai mudar o comportamento através de um encontro cartático, para encararmos a realidade”, diz. Ainda de acordo com Marília, toda essa evolução não desmerece a prática humana na relação advogado/cliente, lacuna que, segundo ela, dificilmente a robótica será capaz de preencher.

O Legal Hackers é um movimento sem fins lucrativos, comerciais ou partidários. Sete Lagoas passa a se conectar a mais de 50 outros Legal Hackers ao redor do mundo e ao que há de mais moderno e tecnológico no contexto jurídico mundial. O lançamento do capítulo sete-lagoano será na Faculdade Santo Agostinho (rua Atena, 238, Jardim Europa), nesta quinta, 8, às 19h. Entrada franca. Informações: (31) 99692-7113. Inscrições pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/ativacao-legal-hackers-sete-lagoas__388252

 

Marcelo Sander

Veja Mais