Marcelo Simplício: “O crédito pela vitória não é do partido, mas sim dos eleitores e da sociedade”

08/11/18 - 16:42

Além de um novo líder, com a eleição de Jair Bolsonaro, um novo personagem ganha os holofotes na política nacional e local: o PSL. Nacionalmente, salta de uma posição quase anônima para a segunda maior bancada do Congresso Nacional. Em Sete Lagoas o Partido Social Liberal já havia mostrado sua força na última eleição municipal, quando foi o partido com a maior votação, sem considerar as coligações, e elegeu três vereadores. Junto com o PP, tem hoje a maior bancada na Câmara de Vereadores de Sete Lagoas.

Na segunda-feira seguinte à vitória do capitão Bolsonaro, conversamos com o presidente do partido em Sete Lagoas, Marcelo Simplício, para conhecer a origem saber como foi a campanha e quais os planos do futuro.

 

SETE DIAS – Qual a história do PSL em Sete Lagoas?

Marcelo Simplício – O partido foi fundado aqui em 2011. Em 2012 elegeu Joaquim Gonzaga para a Câmara Municipal e o reelegeu em 2016, junto com mais dois: Gilson Liboreiro e Zé do União. Com 26 candidatos, o PSL teve 13.700 votos e foi o partido com a maior votação na cidade, sem considerar legendas.

 

SD – Qual sua história no PSL?

MS – Me filiei ao PSL em 2011. Em 2012 aceitei o convite do Joaquim Gonzaga para assumir a vice-presidência do partido. Passei a dividir a responsabilidade de montar as chapas e fomos muito felizes na eleição.  Em 2012 concorri a uma cadeira na Câmara Municipal e tive 873 votos. Repeti em 2016 e obtive 1.124 votos, ficando como primeiro suplente do PSL, que elegeu três vereadores.

Em julho deste ano assumi a presidência do partido, nomeado pelo presidente Estadual, Marcelo Álvaro Antônio, e com o apoio dos membros.

 

SD - Como foi esta campanha em Sete Lagoas?

MS - O trabalho não foi conduzido ou coordenado por uma única pessoa ou uma liderança instituída. O trabalho começou com um grupo e foi ganhando as ruas.

Participaram deste movimento empresários, políticos, pessoas filiadas a partidos, outras sem vínculo partidário. À medida que o presidenciável Jair Bolsonaro se destacava na mídia e nas prévias para a eleição, o grupo foi crescendo e se fortalecendo.

Ressaltaria que as redes sociais foram decisivas nessas eleições.

 

SD – A que você atribui esta vitória?

MS - Quando você está no anonimato ninguém dá atenção, mas quando fica em evidência por algum fato todos querem assumir os créditos.

Não queremos, em hipótese alguma, obter o mérito da eleição para qualquer pessoa ou para o partido. Quem merece ser reconhecido é o próprio eleitor, a sociedade.

As propostas de Bolsonaro e a independência do PSL, sem acordo de favores com outros partidos, foram ao encontro do sentimento dos eleitores, das famílias, cansadas de assistirem a tantos conchavos e esquemas políticos. A própria sociedade se uniu em torno da esperança de mudança.

Entretanto, preciso destacar a força dos comerciantes, empresários e o apoio fundamental dos pastores, as lideranças evangélicas da cidade.

 

SD - Como será a ligação de Sete Lagoas com a Presidência da República?

MS - Não só os filiados ao PSL, mas esse grupo independente que se formou em torno da candidatura do Bolsonaro tende a crescer e se fortalecer mais e mais, o que nos qualifica para defender as necessidades do município.

Poucos sabem ou se atentam a isso, mas a ligação de Sete Lagoas com o PSL já existe. O presidente Estadual do partido, Marcelo Álvaro Antônio, foi o deputado federal eleito mais bem votado em Sete Lagoas nestas eleições. Ele ficou em terceiro lugar geral na cidade, com quase 4 mil votos.

No último mandato destinou à nossa cidade aproximadamente 1,4 milhão de reais através de emendas, todas elas na área da saúde. O compromisso agora é de mais recursos.

 

SD - Como é a relação do PSL com o prefeito Leone Maciel?

MS - A melhor possível. Temos uma relação de amizade, fazemos parte da administração e os vereadores eleitos são base do Executivo.

 

SD – Quais os planos para as próximas eleições municipais, em 2020?

MS - O PSL era desconhecido, mas agora é o partido do Presidente da República. A mudança apenas começou. O que a gente quer é que isso aconteça em todos os municípios. A expectativa é de que esse fortalecimento aconteça nas próximas eleições.

O PSL não tem pretensão de lançar candidatura própria ao Executivo nas próximas eleições. 

 

SD – O PSL pretende continuar sem coligações com outros partidos?

MS - Sim. Acreditamos que esta independência política é fundamental para o sucesso das nossas propostas.

 

SD – Qual a expectativa para o trabalho do presidente eleito?

MS - Acredito que as eleições têm 3 turnos. No primeiro fomos bem  sucedidos. No segundo nos consolidamos. Agora o terceiro, sem dúvida, será o mais difícil, pois será o resultado das propostas que foram colocadas à população e sabemos que não será fácil. Acredito que a expectativa da sociedade será atendida. Bolsonaro é uma pessoa experiente e todos vamos colher bons frutos desse trabalho.

 

SD - O que você achou da eleição do Zema para governador?

MS - Vejo com bons olhos. É o reflexo do sentimento de mudança da sociedade como um todo. Desejamos que faça um bom governo, atendendo às expectativas dos eleitores.

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