Mercado de trabalho fecha semestre com saldo positivo

11/08/17 - 10:56

Indústria do gusa reage e aquece mercado de trabalho
Indústria do gusa reage e aquece mercado de trabalho

Sete Lagoas encerrou o primeiro semestre com um saldo positivo de 698 contratações no mercado de trabalho. O balanço pode parecer tímido diante, principalmente, da força de setores como comércio, indústrias e construção civil no município, mas representa um grande salto quando comparamos com os registros oficiais do Ministério do Trabalho relativos a 2016. 

Nos seis primeiros meses do ano passado, o saldo negativo ficou em 2.039. Naquele momento os setores que mais demitiram foram  indústria de transformação, que agrega grandes empresas como Iveco, AmBev, Caterpillar e siderurgias, o comércio e ainda a diversificada área de prestação de serviços.  

 

O mais recente balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi divulgado recentemente e comprova a retomada na geração de vagas em Sete Lagoas. A menor reação foi na área de comércio que este ano contratou apenas 3,4% a mais do que em 2016. Porém, neste mesmo setor a variação quanto ao número de demissões fica em -15%. 

Mas os grandes destaques no balanço são os setores de construção civil e a indústria de transformação. No primeiro, se comparados os períodos, as vagas aumentaram 37%. No segundo, a variação positiva fica em 47% (veja quadro). O setor de serviço abriu quase o mesmo número de trabalho do ano passado, mas também demitiu bem menos. 

 

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas, Ernane Geraldo Dias, o aquecimento na indústria é justificado pela reabertura de quatro parques siderúrgicos na cidade (AVG, Fergusul, SAMA e Usipar). Segundo ele, somente esta reação da indústria do gusa pode ter provocado mais de 600 contrações. “O preço da tonelada do gusa melhorou e acredito que este seja o motivo desta reação”, avalia. Porém, o sindicalista revela que ainda na área industrial a Iveco continua sendo o destaque negativo. “Do início do ano até o dia 26 de julho foram registradas 449 demissões na montadora”, completa. 

 

Renato Alexandre

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