Dia das Mães - Em meio a indefinições, jornalista conta como foi a chegada de Pedro

08/05/20 - 16:00

Roberta Borato com o pequeno Pedro e o marido Rafael
Roberta Borato com o pequeno Pedro e o marido Rafael

A jornalista Roberta Borato é mãe de primeira viagem. Pedro nasceu no dia 7 de abril, de parto normal. Coordenadora de Comunicação e Marketing do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), ela se viu às voltas com o trabalho e a gravidez em meio à Covid-19. “A demanda do setor é grande normalmente, imagina em tempos de pandemia? Todo mundo carecendo de informações e de orientações, o papel do setor de comunicação é imprescindível neste sentido. Eu já estava trabalhando de home-office há cerca de três semanas antes do nascimento porque fiquei gripada, tive dengue e, como trabalho em ambiente hospitalar, a recomendação do setor de Gestão de Pessoas foi para manter o isolamento social”, relata Roberta. 

 

Segundo ela, juntamente com o marido Rafael de Freitas Padilha, não havia pânico em relação ao parto, mas a consciência de que não teria a presença física dos familiares. “Fomos alertados que teríamos que ter todo o cuidado de distanciamento social e não poderíamos receber nenhuma visita. Enfim, seria uma situação atípica e estranha em relação a tudo que sonhamos, mas não deixaria de ser o momento mais importante de nossas vidas”, conta. 

 

Nascido na maternidade do HNSG, o parto transcorreu sem complicações, mostrando a capacidade de atendimento da unidade de saúde em momento tão singular. “Pedro nasceu no início da manhã, de parto normal, com os profissionais devidamente utilizando EPIs, sem grandes mudanças na rotina por conta da pandemia. Alguns serviços que costumavam ser realizados no hospital estão suspensos, o que ocasiona certo desconforto que, infelizmente, é necessário para conter a pandemia: menos pessoas trabalhando, circulando, menor a propagação do vírus”, conscientiza a jornalista.

 

Pedro conheceu os avós paternos e maternos - que cumprem rigorosamente o isolamento social - somente 16 dias após o seu nascimento. “Foram momentos de muita emoção. Meus irmãos não o conhecem pessoalmente, dois deles trabalham fora e uma é grupo de risco. Está sendo muito desafiador este momento, mas sabemos que este tormento ocasionado pelo Covid 19 irá acabar. Eu só tenho que agradecer toda a estrutura que temos acesso. O resto é tentar ajudar e rezar pelas pessoas menos favorecidas, que não possuem formas de isolamento, de trabalho, de sustento e que ainda têm muita luta pela frente”, considera Roberta.

 

Sobre o Dia das Mães, um misto de alegria e incertezas. “Será um dia de alegria, de celebrar o nascimento, agradecer, valorizar nossas mães e viver o momento. Porque não conseguimos planejar um futuro próximo, não sabemos como estará nossa vida daqui um mês, se teremos creches, escolas em funcionamento, se os números da Covid vão começar a cair, se o isolamento vai terminar ou teremos ainda mesesa pela frente. Então, o melhor a fazer é celebrar o momento”, conclui a jornalista.

 

Celso Martinelli

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