Para gerar emprego, renda e alegria

16/02/18 - 00:11

A Prefeitura de Sete Lagoas fez muito bem em não gastar dinheiro com a realização do Carnaval na cidade. Atitude de bom senso e responsabilidade, já que o dinheiro está curto para o pagamento de tantas coisas fundamentais para o bom funcionamento dos serviços públicos. Já tivemos ótimos carnavais e seria bom que voltássemos a ter. Além da alegria e diversão, essa festa pode agregar valor à economia local, movimentando o turismo por meio dos bares, restaurantes, hotéis e serviços em geral. Sem tirar dinheiro dos seus cofres, a Prefeitura pode incentivar a volta do Carnaval buscando parceiros privados. Belo Horizonte é o maior exemplo nacional do envolvimento da população na montagem de uma festa que está crescendo a cada ano, gerando emprego e renda, sem a necessidade de grandes investimentos públicos.

 

O movimento financeiro na capital nestes dias de Carnaval foi impressionante. Para ficar apenas no exemplo dos quase dez mil vendedores ambulantes cadastrados pela Empresa Municipal de Turismo – Belotur, os relatos são impressionantes. Houve quem faturasse até R$ 3 mil diários com as vendas, de água, cerveja, comidas e badulaques momescos. A cidade que há menos de dez anos era conhecida como “retiro espiritual” durante esta época hoje atrai gente de todo o Brasil e vários países do mundo. Hotéis lotados, taxistas e aplicativos faturando alto, comércio cheio e nada de ocorrências policiais graves.

 

Para chegar a estes números animadores, com estimados 3,6 milhões de pessoas nas ruas, o crescimento foi paulatino. Com o sucesso de cada ano, os blocos foram se multiplicando. E todos bancando as suas próprias despesas. A Prefeitura de Belo Horizonte coordena os locais, dias e horários de desfiles, além de fornecer banheiros químicos, segurança através das forças policiais do estado e do município. Também empenha toda a estrutura de saúde, limpeza, mobilidade e fiscalização, com os seus respectivos secretários, presidentes de empresas, autarquias e funcionários. Os foliões organizados fazem a festa e, com os serviços que a PBH já presta naturalmente, mais as parcerias privadas que crescem a cada ano, a capital mineira colocou o seu Carnaval no mapa dos melhores e mais rentáveis do país.

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