Parece pouco, mas merece aplausos

15/12/17 - 12:06

Em meio a tantos absurdos que temos visto da classe política país afora, a Câmara de Vereadores de Sete Lagoas deu um bom exemplo ao acabar com a famigerada verba indenizatória, que era uma verdadeira agressão ao bom senso e à cidadania. Foi por unanimidade, em votação aberta. Aliás, o fim do voto secreto foi outra medida merecedora de aplauso, por iniciativa do mesmo vereador Cláudio Nacif Caramelo, que atualmente preside a casa.

Aos olhos de muitos pode parecer pouco, já que o abuso por parte de casas legislativas em todo o país é gigante. Mas são passos importantes em um país onde os poderes executivo e judiciário também são notórios em maus exemplos e motivos de manchetes negativas permanentes na mídia nacional. Neste cenário, qualquer medida moralizadora ganha importância especial, tanto é que alguns dos maiores veículos de comunicação da capital despacharam suas equipes para cá, numa cobertura de destaque para todo o estado.

 

Esta mesma Câmara está diante de outro grande desafio e pode marcar mais pontos preciosos com a comunidade. Como tem sido amplamente divulgado, um grupo de suplentes dessa legislatura trabalha intensamente para que passemos dos atuais 17 para 21 vereadores, ainda neste mandato. Trata-se de manobra vergonhosa e usam como principal argumento a falácia de que a legislação permite que Sete Lagoas tenha até 21 representantes em seu legislativo, por causa do número de habitantes. Que se altere a legislação federal, porque 17 é uma quantidade até exagerada, e ainda querem mais quatro lá dentro. Outra alegação fajuta é que o aumento de cadeiras não aumentará as despesas para o município já que o “duodécimo” que a Prefeitura repassa à Câmara é obrigatório. Mais uma excrescência legal, que nunca deveria ter sido instituída.  Por essas e tantas outras é que o país está do jeito que está e sem perspectivas de melhoras.

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