Preços de combustíveis disparam em 2017 e afetam transportes

18/01/18 - 11:13

Pesquisa realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) revela que entre 2001 e 2017 o preço do litro da gasolina nos postos de combustíveis subiu de R$ 1,50 para R$ 3,80. Em Minas Gerais, alcançou R$ 4,00 em setembro de 2017. Em Sete Lagoas, a ANP registrou a venda por R$ 4,490 o litro (maior valor, dezembro). Outros combustíveis também tiveram alta, como o diesel.

 

Com 64 veículos em operação,  o Expresso Setelagoano tem o segundo maior gasto justamente com a compra de combustível. Só perde, em custo, para mão de obra juntamente com seus respectivos encargos, esclarece Danillo Walker Cruvinel Siqueira Torres, gerente de Unidade.

 

“Temos trabalhado a capacitação e a conscientização de nossos colaboradores, porque a operação de um colaborador para outro pode variar até 15%”, acrescenta o gerente. O reajuste da passagem ocorreu em janeiro. “Não vejo com bons olhos, gera insatisfação pelos usuários do transporte público”, ressalva.

 

O gerente da Turi em Sete Lagoas, Gilberto Antônio Martins, também afirma que as despesas de combustíveis aparecem em segundo lugar na planilha de custos. “Perde só para a folha de pagamento”, diz. Solução? “Planejamento, escalas de trabalho e pontualidade”, registra. Por mês, a frota da Turi consome 300 mil litros de diesel. Por ano, cerca de R$ 182 mil. Martins não descarta reajuste no preço das passagens.

 

Em sete anos de profissão, o taxista João do Bonsucesso Fernandes trabalha até 10 horas por dia. Abastece a R$ 4,44. “Pesou no bolso”, lamenta. O jovem Ricardo Viana está na praça há seis meses. Pegou a crise. “O álcool está mais aumentando do que caindo”, constata. O moto-taxista Walter da Silva sofre com os aumentos da gasolina. “2017 foi o ano que mais teve aumento. Deve ser para encobrir o rombo do governo”, dispara.

 

Caio Pacheco

 

 

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