O Cine Rivello pode se transformar em um complexo cultural. Para viabilizar a busca de recursos através da Lei Federal Rouanet, de incentivo a Cultura, foi assinado no último dia 27 de junho, o decreto de tombamento parcial do Cine Rivello, símbolo cultural de Sete Lagoas desde sua inauguração, em 1958.
A informação é do secretário municipal de Cultura e Juventude, Anderson Cleber Rodrigues. A fachada será preservada, inclusive com o nome do antigo cinema e com a mesma tipologia das letras.
O tombamento analisado e acatado pelo Compac (Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Sete Lagoas), com a participação direta das famílias Ferrari e Filizzola – proprietárias do cinema – representadas por Gabriel Ferrari Oliveira e com a presença do arquiteto Wanderson Ferreira, que concebeu o projeto do complexo.
O antigo cinema tem 1.100 lugares. O futuro complexo cultural terá 800. “O palco será aumentado com a retirada das cadeiras que ficam nas primeiras fileiras”, diz o secretário Anderson Cleber, para quehaja a caracterização adequada do novo espaço, que terá o pé direito do palco aumentado ainda mais.
A revitalização passará, necessariamente, pela aprovação do projeto na Lei Rouanet de Cultura. “Todo mundo praticamente cresceu tendo o Rivello como referência cultural na cidade”, afirma Gabriel Ferrari Oliveira. “Pretendemos que volte a ser o principal espaço cultural da cidade”, destaca.
O valor a ser captado no mercado privado para a revitalização do antigo Cine Rivello não foi definido até o momento, revela o secretário de Cultura, Anderson Rodrigues. “Primeiro é preciso inscrever o projeto”, esclarece.
História - O Cine Rivello foi Inaugurado em 1958 e fechado em 2005. Por décadas, foi ícone de cultura e entretenimento dos cinéfilos em Sete Lagoas.
A revitalização do espaço central prevê a implantação de um cineteatro, a criação de um espaço de coworking de 14 segmentos e sala de exposições, além de abrigar um café.
A proposta da empresa – sediada em Curitiba – estabelece o restauro, a reabilitação e a modernização do Cine Rivello. O projeto será coordenado pelo arquiteto sete-lagoano especialista em equipamentos culturais, Wanderson Ferreira, e o produtor e gestor cultural Marcus Paullus.
A dupla carrega em seu portfólio obras icônicas como as do Cine-Teatro Brasil Vallourec (BH), Teatro Riachuelo (Rio de Janeiro), Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Palácio do Governo de Pernambuco (Recife)e Museu de Arte do Rio de Janeiro, entre outros.