Sete Lagoas acompanha o mistério da morte de um pai de família

11/07/18 - 17:52

Corpo foi encontrado carbonizado uma semana após o desaparecimento

 

Pelas redes sociais, imprensa local e estadual, Sete Lagoas acompanhou o drama da bancária Adriana Aparecida Pereira Dias, 31, que buscava por seu marido, o motorista de ônibus Leandro Marcos Dias, 42 anos, desaparecido desde 1º de julho, quando voltava da casa de familiares, em Ribeirão das Neves, de moto. Leandro foi encontrado carbonizado no último domingo, 8, às margens da BR–040, na entrada do Bairro Vargem Bento da Costa, em Esmeraldas, numa vegetação queimada. O corpo foi avistado por um homem que fazia caminhada no local.

 

Adriana e Leandro eram casados e tem um filha de 2 anos de idade. Ambos saíram juntos de Ribeirão das Neves no dia 1o. Leandro de moto seguiu na frente e Adriana acompanhava de carro, com sua filha. “Na altura do bairro Veneza perdi o contato visual. Quando cheguei em casa, em Sete Lagoas, e vi que ele não estava, voltei e refiz todo o percurso. Como não o encontrei, acionei a Polícia”, conta Adriana.

 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Civil de Sete Lagoas e a Guarda Civil de  Ribeirão das Neves fizeram buscas durante toda a semana seguinte.

 

No último domingo, 8, Adriana foi chamada para identificar um corpo carbonizado, encontrado próximo ao posto de combustível Quila, às margens da BR–040, entrada do Bairro Vargem Bento da Costa, em Esmeraldas. “Saí sozinha. Peguei as chaves do carro e fui ao local. O coronel Baracho (PM de Sete Lagoas) me perguntou se eu queria ser levada. Ele me ajudou muito”, relata a viúva. “Ver a moto carbonizada...a agonia é muito difícil. Foram dias de dor, de treva. Dói muito. Esperar dói muito. Agora ele está com Deus”, consola-se.

 

Embora a Polícia Civil ainda esteja fazendo exames de DNA, ela reconheceu a aliança de casamento e o celular que Leandro usava, além da moto. Segundo Adriana, um morador da região relatou que ele foi vítima de um homem ainda não identificado, que o matou queimando-o. Entretanto, a viúva disse que nada de Leandro foi roubado. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso, mas não divulgou nem a causa da morte e nem as suspeitas que tem, pois as investigações correm sob sigilo para não serem prejudicadas.

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