“Os modelos não estão indicando altas probabilidades de chuva para Sete Lagoas”, informa o pesquisador Daniel Pereira Guimarães, coordenador da Estação Meteorológica da Embrapa, mas ela se apresenta neste começo de setembro, assim como ocorreu em agosto. O número de queimadas foi menor, felizmente. Estação chuvosa mesmo, mais definida, só na segunda quinzena de outubro, de acordo com o pesquisador.
Em nossa região, “a boa notícia é que estamos conseguindo atravessar o período de estiagem com uma incidência de queimadas menor que nos anos anteriores. Durante o mês de agosto tivemos a passagem de várias frentes de chuva que, embora de baixa magnitude, exerceram importante papel no sentido de reduzir a poluição atmosférica e conseguiram manter a qualidade do ar em padrões mais aceitáveis”, comenta Daniel.
Ainda conforme as observações do pesquisador, “durante essa semana temos a chegada de mais uma frente fria em Minas Gerais. As temperaturas em Sete Lagoas devem continuar altas e superando os 30ºC. As regiões com maiores volumes de chuva são o Sul de Minas e Campos das Vertentes”. Um alerta é de que o fim de semana pode ser de chuvas na região.
E, mesmo poucas, as chuvas podem chegar com alguma força, indica Daniel: “Em Sete Lagoas teremos aumento da nebulosidade e da umidade relativa do ar. Embora os modelos estejam prevendo baixos índices de precipitação, o choque de massas de ar tem enorme potencial para a ocorrência de vendavais, chuva de granizo, temporais e raios. Entre domingo e segunda-feira teremos as maiores probabilidades de chuva”.
O pesquisador comenta ainda que o tempo mais quente está chegado e que a chuva mais constante deve ficar para o mês que vem: “Como a massa de ar quente sobre o Centro-Oeste do Brasil vai persistir, logo teremos de volta as condições anteriores de clima quente e seco. As normais climatológicas indicam que a estação das chuvas em Sete Lagoas tem início a partir da segunda quinzena de outubro”.
Daniel faz ainda um comentário resumido a respeito das tempestades comuns nesta época sobre o hemisfério Norte e os seus diferentes nomes - tufão e furacão:
“TUFÕES E FURACÕES
Nessa semana dois fenômenos atmosféricos marcam as condições climáticas no hemisfério Norte. A costa leste dos Estados Unidos, especialmente os estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, será atingida no próximo sábado pelo furacão Florence que, no momento, atinge a categoria 4, de uma escala que vai até o máximo de 5.
Na Ásia, a grande ameaça é o tufão Mangkhut que, no momento, atingiu o máximo da categoria, com ventos de 260 km/h, e o país mais ameaçado é as Filipinas. No hemisfério ocidental essas tempestades são denominadas de furacão (hurricane em inglês), enquanto na parte oriental do planeta chamam-se tufões (typhoon).
De acordo com a escala Saffir-Simpson, na categoria 4 ocorrem rajadas de vento entre 210 a 250 km/hora e na categoria 5 os ventos atingem velocidades acima de 250 km/hora”.
