Tarifas de ônibus intermunicipais já estão mais baratas em Sete Lagoas

27/10/16 - 13:44

Desde o último domingo, 16, as passagens de ônibus intermunicipais em Minas Gerais ficaram mais baratas. O Governo do Estado sancionou lei que extinguiu a Tarifa de Gerenciamento de Operações, a TGO, taxa que financiava e gerenciava recursos para serviços de obras e atividades ligadas ao transporte. Em alguns trajetos, como de Uberlândia a Juiz de Fora, a queda de valor foi superior a R$10. Taxas de embarque e pedágio não fazem parte da TGO, sendo inalteradas.

 

De acordo com o gerente de unidade do Expresso Setelagoano Daniel Cruvinel, desonerações de algumas linhas da empresa já foram efetuadas em fevereiro deste ano, com a redução do ICMS. “A desoneração da TGO veio em excelente momento”, comenta. Daniel ainda afirma que a taxa não havia sentido de existir, pois há outra série de impostos cobrados pelo estado “As linhas [que as empresas de ônibus operam] foram licitadas. Após a licitação, se paga uma outorga mensal para que eu possa operar. A própria outorga já prova que a TGO não deveria existir”. 

 

Com o fim da TGO, as passagens intermunicipais tiveram uma redução de 5% nos valores. Como exemplo, a tarifa do ônibus semi-urbano que sai de Sete Lagoas a Belo Horizonte via 040 que era de R$17,65 passou para R$16,80, uma redução de 80 centavos. No quadro ao lado se encontram os preços atualizados dos principais destinos encontrados na cidade. 

 

Mesmo com um fato raro - o fim de um imposto - a paisagem nem sempre parece agradável na janela das empresas de ônibus. Com a crise econômica afetando o país, as empresas de ônibus esperam que impostos aumentem. “Estamos apreensivos sim, porque, se volta uma CPMF, pode onerar o Expresso Setelagoano e aumentar as tarifas. Todo e qualquer reajuste de impostos que vai onerar a empresa, vai ser repassado nas tarifas”, afirma Daniel Cruvinel. 

 

Transporte Clandestino - Mesmo com a desoneração das passagens, o gerente de unidade Daniel Cruvinel não acredita que isto vai coibir totalmente a ação do transporte clandestino. “É uma forma de combate. O prejuízo com o clandestino é imensurável, porque ele está ramificado, é cultural na região. Ele deve transportar, eu creio, o mesmo volume de passageiros do Setelagoano ou mais. E afeta as empresas de toda Minas Gerais”, lamenta.

 

FILIPE FELIZARDO

 

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