Três pilotos sete-lagoanos enfrentam gelo, neve, frio e muitos imprevistos para chegar ao fim do mundo

08/10/19 - 17:54

A partir da esquerda, André Nogueira, Éder Lúcio e Fernando Barcelos
A partir da esquerda, André Nogueira, Éder Lúcio e Fernando Barcelos

Em quase um mês de viagem, André Nogueira, Éder Lúcio e Fernando Barcelos percorreram 12.900km de moto para chegar ao Ushuaia, na Argentina, ponto conhecido como o fim do mundo. Os diversos problemas mecânicos causados pelas adversidades do clima aumentaram o desafio e a aventura, que só deixou boas lembranças

 

Os aventureiros saíram de Sete Lagoas dia 28 de junho, pilotando uma Honda XR 250 Tornado 2007, Yamaha XTZ 250 Lander 2019 e Yamaha XTZ 250 Ténéré 2015.

 

Quando entraram no Uruguai pelo Chuí surgiu o primeiro problema: um barulho no motor da Yamaha Lander do Éder. Seguiram até Punta Del Este (URU). No dia seguinte, até Colônia del Sacramento, e depois para Buenos Aires, na Argentina, onde foram a uma concessionária Yamaha trocar o óleo das motos e fazer o reparo na Lander. Era um problema na biela.

Ficaram 3 dias passeando na capital argentina aguardando o reparo. Seguiram pela famosa Ruta 3 até chegar ao Ushuaia, dos deliciosos chocolates "calientes" e da famosa placa do fim do mundo. Foram 15 dias de viagem de ida, em função do frio intenso, neve, gelo na pista e, principalmente, pelo curto período de sol. Um dos maiores desafios foi no Paso Garibaldi, subida íngreme, com muito gelo na pista. O retorno foi bem mais desafiador.

O vento que estava a favor passou e ser um forte adversário, limitando o desempenho das motos, aumentando consideravelmente o consumo de combustível e trazendo uma sensação térmica ainda mais baixa. A Lander deu outra pane a 20 km da cidade de San Julián. Era apenas oxidação do conector, causado pela neve, sal e chuva. A Ténéré do Fernando apresentou alteração na marcha lenta e mais uma vez a sujeira foi a culpada. Em seguida foi a vez da Tornado de André dar pane, bem no dia do seu aniversário.

Durante uma forte chuva, a moto parou do nada. Foi rebocada por 40km até o posto de combustível mais próximo. A bobina molhou e entrou em curto. Após secar e esquentá-la no secador de mãos no banheiro do posto de combustível, voltou a funcionar. No dia seguinte, peças novas para a Tornado e motos para o lava jato, já que a sujeira acumulada pelo caminho foi a principal causadora de panes nas motocicletas.

 

imagem

 

Em Buenos Aires (ARG) o clima já estava ameno, com média de 5°. Seguiram até a cidade de Cólon, onde fazia incríveis 24° a noite. Atravessarm para o Uruguai e seguiram até Santana do Livramento (RS), onde entraram no Brasil. "Foi uma sensação de vitória comer feijão após 25 dias", conta André Nogueira, que elogiou a fartura de postos de combustíveis por toda a estrada. Seguiram até Porto Alegre, para mais um reparo na transmissão de uma das motos e depois, Gramado. Dois dias depois, apos 12.900 km rodados, chegaram em casa, com muitas histórias na bagagem.

Veja Mais