O SETE DIAS visitou as lagoas que ficam na área urbana de Sete Lagoas para mostrar a situação de cada uma. Alguns casos são preocupantes, diante da forte estiagem que atingiu a cidade nos últimos meses.
A expectativa de chuva para os próximos dias pode mudar o panorama principalmente da Boa Vista, Cercadinho e Catarina. Paulino e José Félix mantêm o grande volume de água graças ao abastecimento por fontes naturais.
Porém, a situação mais preocupante é a da Lagoa Grande, localizada entre a MG-238 (sentido Jequitibá) e o bairro Cidade de Deus, que praticamente desapareceu. A situação já foi tema de reportagens do SETE DIAS, em que especialistas apontam o clima, avanço descontrolo da industrialização, uso excessivo da água pela população e desmatamento como causas para o estado atual da lagoa, considerado crítico. “A extinção está 80% ligado ao clima, ela é de insurgência e, por isso, sobe quando o lençol freático sobe. Se não recuperamos o lençol freático, esta lagoa não volta mais”, define Daniel Guimarães, pesquisador da Embrapa.
Outros casos que preocupam são de duas lagoas que foram revitalizadas recentemente na administração do ex-prefeito Marcio Reinaldo (PP). A Boa Vista e a Catarina estão muito abaixo do nível e é evidente a necessidade da chuva para o abastecimento. “Nunca vi esta lagoa descer de nível tão rápido.
Antigamente não era assim. Parece que, depois da reforma, o abastecimento natural por meio de minadouros foi comprometido”, comenta o morador do bairro Boa Vista, Aroldo Soares.
A Cercadinho também necessita de chuva frequente para voltar ao seu nível. Depois de anos, o lençol d’água quase desapareceu, mas a chuva, não frequente, dos últimos dias já garantiu o retorno de uma paisagem mais comum para o local.
Renato Alexandre