Mais grandes perdas e uma esperança que se renova

07/05/21 - 12:53

Em meio a tantas partidas que deixam a cidade e região mais tristes, mais duas nos últimos dias, por quem temos muito a lamentar: Júlio Moreira, fundador de um dos escritórios de contabilidade que marcaram época em nossa terra e Francisco Guimarães Moreira Filho, empreendedor e entusiasta da Cultura, integrante da cavalgada do cordisburguense João Guimarães Rosa, que originou a obra Grandes Sertões Veredas.

Júlio Moreira foi, também, um dos melhores presidentes da história do Clube Náutico, o “Colosso Campestre”, como gostava de dizer o saudoso colunista Jorge Maciel. Num feliz gesto, a atual diretoria do clube o homenageou em seu site oficial, na segunda-feira, 3: “Na data de ontem (02/05), aquele que foi o 7⁰ Presidente Executivo deste Clube, Sr. Júlio Joaquim Moreira, deixou-nos, regressou para a casa do Pai. Pioneiro e grande profissional da contabilidade em nossa cidade, homem público, pessoa honrada, admirável e querido. Queremos aqui homenageá-lo e atribuir-lhe justo reconhecimento pelos seus feitos nos primórdios do Clube que contribuíram significativamente ao engrandecimento de nossa associação. Nossos sentimentos aos familiares e amigos”.

Na terça-feira, 4, o nosso portal www.setedias.com.br registrou, com pesar: “Região se despede de Criolo, último cavaleiro da tropa que inspirou “Grande Sertão: Veredas” ... aos 86 anos, Francisco Guimarães Moreira Filho, “Criolo”. Ele estava internado no hospital da Unimed desde o dia 27 de abril para tratamento de saúde relacionado a problemas respiratórios, mas não resistiu. Fundador do Socorro Franbé, que funcionou durante 42 anos em Sete Lagoas, Criolo também era o último o vaqueiro vivo que participou da viagem de Guimarães Rosa pelo sertão de Minas Gerais em 1952 e que inspirou a obra “Grande Sertão: Veredas”.

A vida segue e pelo menos uma boa notícia para amenizar e renovar as esperanças de que um problema crônico de toda a população regional seja, enfim, solucionado. Publicada também no portal do SETE DIAS: “A duplicação da MG-424 entre Sete Lagoas e Belo Horizonte foi uma das demandas apresentadas pelo deputado estadual Douglas Melo (MDB) e representantes da região ao Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato. No encontro realizado na quinta-feira (29), foi sugerido que a obra seja executada com recursos de compensação da Empresa Vale com o Estado, devido ao desastre de janeiro de 2019, quando uma barragem de rejeitos de minério se rompeu em Brumadinho. .” .”

Entretanto, este dinheiro, que viria da Vale, está sendo esperado e disputado como a solução de inúmeros problemas de várias regiões de Minas Gerais. Aqui, já sonhamos com ele para a conclusão das obras do Hospital Regional. Para chegar, à mais que urgente, duplicação da MG-424, pelo menos até Pedro Leopoldo, precisamos primeiramente da mobilização e união das forças políticas de todos os demais municípios diretamente envolvidos: Prudente de Morais, Matozinhos, Pedro Leopoldo, São José Lapa e Vespasiano. Sem isso, nada feito, como se verificou na última tentativa, quando moradores e autoridades de Pedro Leopoldo se movimentaram e não aceitaram a criação de uma praça de pedágio lá, na saída para Belo Horizonte.

Neste encontro do dia 29 faltaram os prefeitos de Sete Lagoas, Pedro Leopoldo e Vespasiano. Sem eles, nada feito. No caso da nossa cidade, o prefeito Duílio de Castro e o deputado Douglas Melo precisam passar por cima de suas divergências pessoais para que toda a população não seja prejudicada. Pelo menos para o bem comum, adversários políticos precisam se sentar na mesma mesa. É assim que deve ser entre autoridades responsáveis.

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