“A pandemia está controlada em Sete Lagoas”

A frase é do secretário de Saúde de Sete Lagoas, Flávio Pimenta, embasado nos números: até o fechamento desta edição (02/12), 94% do público alvo recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 78% dos sete-lagoanos já está com a imunização completa. Capacidade de atendimento também é maior.

03/12/21 - 11:03

Dr. Flávio Pìmenta, secretário de Saúde
Dr. Flávio Pìmenta, secretário de Saúde

Celso Martinelli

A cobertura vacinal contra a Covid-19 segue em ritmo acelerado em Sete Lagoas. Até o fechamento desta edição (02/12), quase 80% da população total da cidade recebeu a primeira dose de uma das vacinas contra a doença, enquanto 65% já estava totalmente imunizada com duas ou mais doses, e dose única. 

Os números dão segurança para Dr. Flávio Pimenta, Secretário Municipal de Saúde, afirmar: - A situação de Sete Lagoas está sob controle, com números em níveis baixos há cerca de três meses e com capacidade instalada de assistência que permite mobilização imediata da estrutura e equipe, caso necessário.

Até o dia 31 de dezembro, a meta é que a cobertura vacinal da população elegível a tomar a vacina (pessoas a partir de 12 anos) seja acima de 90%. “O que seria extremamente satisfatório. Imagino que a população acima de 12 anos vai ter índices próximos disso. Não esperamos 100%, até porque uma pequena parte da população não quer e não vai se vacinar. Para se ter uma referência, a população elegível a ser imunizada corresponde a cerca de 200 mil pessoas e a 241 mil a população total estimada”, explicou Flávio Pimenta.

Até o fechamento desta edição (02/12), 94% do público alvo recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 78% dos sete-lagoanos já está a com imunização completa. “Temos que considerar também a possibilidade de uma parte da população ter se vacinado em outra cidade em função de atividade profissional. Estamos com um nível satisfatório, próximo de 90% da população elegível pra primeira dose e de 80% para segunda, caminhando de acordo com os prazos definidos”, ressaltou o secretário.

Até o dia 30 de novembro deste ano, conforme dados do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, 74,52% da população brasileira tomou a primeira dose da vacina e 62,72% a segunda dose. Já em Minas Gerais, 76,61% da população do estado havia recebido uma dose e 64,87% do total dos mineiros estavam totalmente imunizados contra a doença. 

EM ALERTA
Porém, a variante do coronavírus, Ômicron, deixa a cidade em alerta, visto que Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou, no dia 29/11, que a mesma se espalhará internacionalmente e representa um risco “muito alto” de surtos de casos que podem ter “consequências graves” em alguns lugares. 

“Ainda não há informações adequadas que permitam uma análise melhor. O que vemos é que países com pouca cobertura vacinal - por limitações de recebimento ou compra das doses, ou opção cultural da população por não se vacinar - têm mais chances de desenvolver a variante Ômicron. A expectativa é que haja menor impacto no Brasil, por se tratar de um país com um dos melhores índices de cobertura”, considerou Flávio Pimenta.

Para Pimenta, é importante lançar uma visão mais abrangente e um olhar do restante do mundo para que países com menor índice de desenvolvimento e condições econômicas desfavoráveis possam ter acesso às vacinas. “Só isso permitirá um verdadeiro controle mundial da doença”, completou o Secretário de Saúde de Sete Lagoas. 

Ainda não foi divulgada pela Prefeitura Municipal a programação do Carnaval, festa popular nacional que não foi realizada ano passado em decorrência da pandemia. Segundo o secretário, é necessário “esperar as evoluções da doença e índices” para pautar o assunto. Na cidade, assim como em todo o estado, os índices mais críticos da Covid foram entre março e maio deste ano, quando o número de mortes diário só crescia e a UTI apresentava superlotação.

Até a última quinta-feira (2) Sete Lagoas somava 23.720 contaminações por Covid-19 desde o início da pandemia. A cidade tinha 615 mortes no total. Eram 50.607 testes com resultado negativo e 23.086 pessoas recuperadas. A taxa de ocupação de leitos UTI Covid estava em 14.3%, (SUS e particular). 

Para Pimenta, é importante lançar uma visão mais abrangente e um olhar do restante do mundo para que países com menor índice de desenvolvimento e condições econômicas desfavoráveis possam ter acesso às vacinas. “Só isso permitirá um verdadeiro controle mundial da doença”.

VARIANTE E ACORDOS
A Ômicron foi relatada pela primeira vez em 24 de novembro na África do Sul, onde as infecções aumentaram vertiginosamente. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, fez o alerta no início de uma assembleia de ministros da saúde que deve iniciar negociações sobre um acordo internacional para prevenir futuras pandemias.

“O surgimento da altamente mutada variante Ômicron reforça quão perigosa e precária a nossa situação é”, disse Tedros. “A Ômicron demonstra exatamente por que o mundo precisa de um novo acordo sobre pandemias: nosso sistema atual desincentiva os países de alertar os outros sobre ameaças que inevitavelmente pousarão em suas costas.”

O novo acordo global, previsto para maio de 2024, cobrirá questões como o compartilhamento de dados e sequências do genoma de vírus emergentes e de quaisquer vacinas potenciais derivadas de pesquisas.

CADASTRO DIGITAL
A Secretaria Municipal de Saúde realiza a digitalização das doses contra a Covid no sistema Conecte-SUS, do Ministério da Saúde, para quem teve algum problema no registro dos dados ou quem precisa viajar em breve ou participar de evento que exija o certificado digital. Estrutura foi montada na Faculdade UNA - Av. Secretário Divino Padrão, 1.411, Santo Antônio e semanalmente é divulgada o cronograma do cadastro digital. Acompanhe nas redes sociais e veja se suas doses já foram digitalizadas ou se é preciso se cadastrar. Basta acessar conectesus.saude.gov.br.
imagem

LEGADO
Os investimentos realizados pela Prefeitura para atender o cidadão durante o período mais crítico da pandemia garantiram resultados para a saúde pública municipal. Agora, leitos de UTI que foram utilizados para receber pacientes acometidos pela Covid-19 foram incorporados à Rede Assistencial de Urgência e Emergência. Esta conquista foi confirmada pelo Governo de Minas, por meio da Deliberação CIB-SUS/MG nº 3.645, na segunda-feira (29/11). Agora, a estrutura do Hospital Municipal, unidade do SUS de Urgência e Emergência referência para 35 municípios, que contava com 10 leitos de tratamento intensivo, passará a contar com mais 10. Além disso, o Municipal também ganhará mais um tomógrafo – passará a contar com dois - por meio do investimento de mais de R$ 1,5 milhão.
 

Veja Mais