por Celso Martinelli
Na segunda-feira (2) foi anunciado onde será construída a nova sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – Apac. Será no bairro Santa Felicidade, próximo ao Presídio Municipal. O terreno escolhido foi visitado pelo prefeito Mário Márcio Maroca (PSDB) e o juiz especial de Sete Lagoas, Dr. Carlos Alberto de Faria. “Quando a Apac estiver pronta, passaremos os recuperandos para cá e onde funciona a Apac hoje, teremos a prisão em regime semi-aberto”, explica o prefeito Maroca. A medida foi acelerada após o juiz afirmar que não permitirá mais que condenados cumpram prisão em regime domiciliar, quando o preso não pode sair de casa.
Para reconhecimento e inspeção da área, também estiveram presentes o diretor do Presídio, Reginaldo Santos Evaristo, a sub-procuradora do município, Carolina Schettino, o secretário de Obras, Paulo Rogério Paiva, a presidente do Conselho de Segurança Pública, Maria das Graças Mendes, dentre outras autoridades. "Com a construção da nova Apac e instalação do regime pretendemos estreitar a relação com o empresariado local e dar oportunidade aos presos de trabalhar. Conheço casos em que o preso saiu da cadeia com sua carteira-assinada e hoje ganha R$1.200”, conta o juiz Carlos Alberto de Faria.
A atual estrutura acanhada da Apac não agrada ao juiz. “Se o preso tem uma carta de trabalho, ele sai durante o dia para trabalhar e volta para dormir, se não tem carta, fica trancado e a estrutura atual da Apac é ideal para esse sistema”. O investimento na nova obra, de cerca de R$1 milhão, é do governo do Estado em parceria com a Prefeitura e a expectativa é de que, uma vez liberada a verba, dentro de um ano a nova Apac seja entregue à cidade.
O diretor da Apac, Flávio Lúcio, vê com bons olhos a proposta de criar um novo prédio. “Temos nossas limitações. Estamos com 80 recuperandos, quando poderíamos estar com o dobro. Mas não há vagas e nem possibilidade de aumentar a estrutura física do prédio. Apesar disso, todas as atividades são desenvolvidas em sua totalidade, aqui o recuperando não fica à toa”, afirma.
