Pela boa política e pelo voto nas candidaturas locais

17/06/22 - 13:28

Quem bate no peito e diz não gostar nem se interessar por política trabalha contra seus próprios interesses e contra os de toda a comunidade. Numa democracia não se resolve problemas coletivos e nada se constrói de interesse público sem a política. Inclusive a fiscalização do que os próprios políticos fazem com a fortuna de impostos arrecadados, arrancados dos nossos bolsos.

Na coluna Sem Reserva, desta edição do SETE DIAS, dois exemplos de boas práticas políticas que interessam a todo cidadão e cidadã de Sete Lagoas. O vereador José de Deus lembrou na reunião da Câmara, desta semana, que há 15 anos foi aprovada a Lei 7535, de incentivo ao esporte e a criação de um fundo municipal de apoio à atividade, mas que nunca saiu do papel.

Um absurdo. Imagine a falta que faz o incentivo aos esportes numa cidade como a nossa, onde não há nenhuma política pública de interesse da juventude? Como os vereadores e prefeitos de 15 anos para cá não fizeram nada para tirar esta lei do papel? E como nenhum cidadão ou cidadã cobrou dessa gente?

Na mesma seção da Câmara, esta semana, o vereador Ivson Gomes denunciou que instalações da Casa da Cultura estariam sendo usadas por uma empresa vencedora de licitação no município, de um contrato no valor de R$ 21 milhões. Ora, ora; vence a licitação e ainda quer se utilizar de um espaço público como seu escritório?

O principal papel de um vereador é este: fiscalizar e botar a boca do mundo quando notar irregularidades, chamando entes também fiscalizadores como o Ministério Público, imprensa e outros, como no caso de Sete Lagoas, o Observatório Social, que vem cumprindo muito bem este papel.

No mês passado o prefeito Duilio de Castro assinou o decreto que regulamenta a Lei de Incentivo à Cultura. Ufa! Uma luta dos batalhadores da causa, que durou mais de 20 anos.
Que só saiu do papel porque a categoria se mobilizou, contou com a boa vontade do então presidente da Câmara, Cláudio Nassif Caramelo, que fez o projeto andar até chegar ao chefe do executivo para a canetada final. E como faz falta a Cultura nesta cidade, assim como fazem falta políticos como o Cláudio Caramelo.

Falamos aqui de questões bem domésticas para lembrar que bons deputados estaduais e federais são de fundamental importância para resolver problemas de grande monta, da cidade e de toda a região. E que só os eleitos, identificados com as causas locais e regionais, têm e terão boa vontade em colocar os nossos interesses como suas pautas prioritárias.

Por isso, despejemos nossos votos neles. O SETE DIAS vem citando boas opções neste sentido que têm surgindo. A empresária dos setores do ensino e saúde, Dóris Andrade, confirmou estar disposta a se candidatar a deputada federal. Ótima notícia. As mulheres ocupando cada vez mais espaços carentes da presença delas. Uma pessoa brilhante, de personalidade, que certamente vai engrandecer a prática política em Sete Lagoas. O saudoso empresário Antônio Pontes apostava nela como a ideal para se tornar a primeira prefeita da cidade.