Coluna Espírita

Ajuntai para vós tesouros no céu

14/11/21 - 15:10

Por Aloísio Vander

Aloísio Vander
aloisiovander@yahoo.com.br

A doutrina Espírita possui respostas simples e convincentes para as questões que mais têm inquietado o homem: Deixando a Terra, para onde vamos? Que seremos após a morte? Estaremos melhor ou pior?

Ao deixar a Terra, através da desencarnação, o Espírito abandona seu corpo físico, entrando, em seguida, na dimensão espiritual, da qual proveio antes de reencarnar.

O mundo espiritual, em certa medida, se assemelha ao mundo físico. O que é muito coerente, uma vez que os homens ao desencarnarem continuam a sê-lo. Isso significa que ele abandona as vestes rotas, ou seja, o corpo inutilizado, mas em sua essência continua o mesmo, com os mesmo vícios e qualidades, desejos e sentimentos e o mesmo nível intelecto-cultural. A morte não modifica as qualidades do ser.

Por isso, o Espírito segue para uma região compatível com seus recursos íntimos. Os legitimamente bons seguem para as camadas mais altas da esfera espiritual que envolve a Terra, onde a ordem e a paz reinam imperturbáveis. Outros, por sua vez, pela identificação com os instintos animais, permanecem chumbados à crosta planetária ou descem às regiões abaixo da crosta, onde uma turbamulta de sofredores se reúne em processo purgativo.

Se todos os homens tivessem firmes na mente esses quadros vivos que a Doutrina Espírita nos apresenta da vida após a morte; se o materialismo, a incredulidade e a indiferença não tivessem tomado conta das criaturas, quantos crimes, quantas dores poderiam ser evitadas? A luta desesperada para conquistar coisas materiais a qualquer preço cessaria. O homem concentraria a mente e o coração onde estão os seus verdadeiros tesouros: na vida espiritual, que é eterna.

Por isso, a palavra compassiva de Jesus permanece atual, a soar docemente em nossos ouvidos: “Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”

Aloísio Vander