Coluna Espírita

Deus – 3ª parte: Providência Divina

06/06/21 - 12:53

Por Aloísio Vander

Aloísio Vander

Segundo os dicionários, providência é disposição prévia dos meios necessários para conseguir um fim, para evitar um mal ou para remediar alguma necessidade. 

A Providência Divina funciona com os mesmos critérios, porém em escala absoluta. É através dela que “tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza”, diz O Livro dos Espíritos.

No livro A Gênese, também de Allan Kardec, nos deparamos com esta belíssima definição: “A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial.”

Mas será que Deus está, “pessoalmente”, em cada evento no qual se manifesta a sua providência?    

Jesus afirmou: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João, 5:17). Como é, então, que Deus trabalha? Recorramos mais uma vez ao Livro dos Espíritos para obter as respostas:

“A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade.” (Questão 616)

“Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos.” (Questão 536b.)

“(Os) Espíritos são uma das potências da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais.” (Questão 87)

“O próprio homem é um instrumento de que Deus se serve para atingir seus fins.” (Questão 692)

“Deus tem suas leis a regerem todas as vossas ações (...). Assim em tudo.” (Questão 964)

Finalizamos com Kardec, em sua magistral A Gênese:

"Diante desses problemas insondáveis, cumpre que a nossa razão se humilhe. Deus existe: disso não poderemos duvidar. É infinitamente justo e bom: essa a sua essência. A tudo se estende a sua solicitude: compreendemo-lo. Só o nosso bem, portanto, pode ele querer, donde se segue que devemos confiar nele: é o essencial. Quanto ao mais, esperemos que nos tenhamos tornado dignos de o compreender.”

Aloísio Vander