Coluna Espírita

Deus – 1ª parte: Visão de Deus

18/02/24 - 07:00

Por Aloísio Vander

A crença na existência de uma Entidade Superior é tão velha quanto a Humanidade.
    O Livro dos Espíritos nos informa que essa não é fruto de uma educação. Ela é inata.
    Desde antes do alvorecer da civilização, havia formas primitivas de culto às forças superiores, ainda totalmente desconhecidas, conforme se pode verificar em vestígios arqueológicos.

    Na civilização egípcia, em seus círculos iniciáticos, o culto às divindades se sofistica sobremaneira. Desse círculo fez parte Moisés, o patriarca hebreu, que difundiu em sua nação o culto monoteísta, conhecido e cultivado de forma hermética. Muito embora o Ser Supremo, apresentado por Moisés, possua traços da personalidade humana, ainda distante daquele Deus que será introduzido por Jesus, a ideia de um ser único, marca um progresso efetivo.
    Mais à frente encontramos a religião em sua expressão antropomórfica, cultivada na Grécia e, mais tarde, em Roma. 


    Pouco depois, vem Jesus apresentando Deus não mais como o déspota cioso e parcial, mas como o Pai que acolhe a todos em sua infinita Misericórdia.
    Apenas trezentos anos após a passagem do Cristo pelo orbe, a visão de Deus começa a ficar turva como em períodos anteriores. Ele volta a ser o ente vingativo que ordenava a morte de quem não seguisse “seus preceitos”. O Pai, apresentado no Evangelho, dá lugar a um ser misterioso, imprevisível, complexo, envolto no dogma incompreensível da santíssima trindade.
    Além da religião, falida na tarefa de aproximar o Criador das criaturas, emerge a ciência, recém-liberta das garras desta mesma religião, através de movimentos como o Renascimento e o Iluminismo, para negar apriorística e sistematicamente a existência do Todo Sábio.
    Diante desse quadro, nos informam os Espíritos que Jesus, Governador da Terra, enviou o Espiritismo Evangélico para resgatar a visão de Deus que ele, pessoalmente, havia legado à Humanidade, há apenas 1800 anos.
    Este será o assunto de nosso próximo texto. Até lá.
 

Aloísio Vander