Esporte no Brasil e no Mundo

Chico Maia 1474

22/05/20 - 17:00

Por Chico Maia

Fama de caloteiro tirou seis pontos

Em entrevista desastrada, “notável” disse que fama de “caloteiro” impediu o Cruzeiro de escapar de punição da FIFA. Difícil acreditar, mas foi dito pelo próprio Saulo Fróes: “Cruzeiro é um clube desacreditado, é o clube que tem mais fama de caloteiro”. Menos mal que finalmente o clube terá um presidente, alguém que assuma a responsabilidade por erros e acertos e não fique simplesmente transferindo responsabilidades para antecessores. Uma frase antiga, que usei para o América, quando o Coelho não sabia direito quem era o seu comandante e perdeu pontos na justiça que impediram  o acesso ao time à Série A, por escalar jogador irregular: “Cachorro que tem mais de um dono morre de fome”, ou de sede.

 

Presidente do grupo “notável”

Saulo Fróes é o presidente do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, batizado por uma parte da imprensa como grupo de “notáveis”, que assumiu o clube para consertar a lambança do Wagner Pires e Cia. Às 8 da manhã o ouvi em entrevista ao ótimo programa do Hewerton Guimarães e equipe, na 98FM. De cara, pôs a culpa da perda dos seis pontos no Dr. Gilvan, responsabilizando diretamente o antecessor do Wagner Pires pela vergonha que o Cruzeiro está passando. Culpou a COVID-19 por não conseguir levantar dinheiro para pagar os R$ 5,3 milhões ao Al Wahda, dos Emirados Árabes, pelo Denílson e não assumiu nenhuma falha nessa história, mesmo sabendo dos ultimatos e ameaças do credor e da FIFA. Sobre a declaração do presidente interino, Dalai Rocha, na semana passada, de que o clube teria dinheiro para quitar o débito, desconversou e disse que o Dalai é um “otimista” por natureza e que não sabe direito o que o levou a falar isso.

 

Nem idéia se paga

Saulo Fróes disse também que não tem idéia se o Cruzeiro vai conseguir dinheiro para pagar as próximas dívidas e que iria sugerir, na eleição de ontem, que o eleito assumisse a presidência imediatamente. Arrematou dizendo que “ainda acho que o Cruzeiro é viável”. Ao término de quase quarenta minutos de conversa a sensação foi de absoluta frustração com as respostas dele. Para os cruzeirenses, uma fala desanimadora. Confira essa e outras excelentes entrevistas do 98 Esportes no https://vimeo.com/radio98oficial 

 

Uma nova fala, pior ainda

Pouco depois das 11h30, no tradicional Rádio Esportes, para o Thiago Reis, na Itatiaia, Saulo Fróes conseguiu ser pior ainda. Frases como: “O Cruzeiro é completamente um clube desacreditado, é chato até falar o termo, mas tem fama de caloteiro, talvez no mundo inteiro, e isso dificulta muito porque o credor, ele falou de viva-voz pra gente que era impossível acreditar no Cruzeiro porque ficou cinco anos sem qualquer tipo de proposta".

... “Tentamos uma negociação muito boa de um jogador do elenco, novo, que ia resolver não só essa dívida, mas também a outra no final do mês, que é o jogador Willian bigode. Nós voltamos a uma outra situação que foi fazer um condomínio igual o nosso adversário (Atlético) fez muito bem aí para pagar a Fifa, mas acaba atrasando...”

"A gente fala com um, fala com outro, obviamente na língua inglesa, o nosso CEO ficou focado ontem (terça-feira) o dia inteiro para isso. A gente ainda tinha esperança de resolver. A gente tava tentando o dinheiro, a gente não fabrica, né, parece que quem fabrica dinheiro é só a gestão anterior...”

Que venha logo a eleição e o vencedor assuma logo, pois hoje o Cruzeiro é um barco sem rumo. http://blog.chicomaia.com.br/2020/05/20/em-entrevista-desastrada-notavel-diz-que-fama-de-caloteiro-impediu-cruzeiro-de-escapar-de-punicao-da-fifa/

 

Inacreditável, mas era verdade I

Gol perdido aos 45 e pênalti sofrido aos 47 do segundo tempo. O Capitão Helivelton, da nossa gloriosa Polícia Militar, se recusou a assistir a reprise de Atlético x Olimpya, domingo, por medo do centroavante “Tanque Ferreyra” não escorregar e matar a final no Mineirão. Deu certo. Terça-feira, mesmo com medo do árbitro chileno Patricio Polic prejudicar o Galo, encarei o repeteco do Sportv, de Atlético e Tijuana, pelas quartas de final da Libertadores 2013.

Que belo jogo, tenso, emocionante, tão inacreditável quanto esclarecedor. Assim como naquele dia 30 de maio, não acreditei que o Luan conseguiu desperdiçar o que seria o 2 a 1 do Galo, aos 45 do segundo tempo. Em mais um contra ataque, Ronaldinho Gaúcho o colocou na cara do goleiro Saucedo, e ele chutou mal, para a defesa do mexicano. O mesmo Luan, que empatou o jogo na ida, no 2 a 2 que dava a vantagem daquele 1 a 1 no Independência. Aliás, um segundo tempo encardido nesta partida de volta.

 

Inacreditável, mas era verdade II

O Galo tinha mais volume de jogo, mas era o Tijuana que matava a massa de susto. Aos 25, Victor começa a ser “canonizado” ao defender, cara a cara, um chute do Piceño. Aos 34, Arce cobra falta, a bola passa pela barreira, bate no travessão e vai pra fora. Ufa! Mas aos 46 o apitador Patrício Polic enxerga uma falta do Leonardo Silva no Moreno. Não era possível!

__ Ladrão!

Foi a primeira reação, minha e de quase todos os atleticanos. Daí a pouco, reprise do lance e quase todos os comentaristas dizendo que realmente houve um toque do zagueiro e a marcação foi correta. Mas, PQP, o Leonardo Silva tinha que cometer pênalti a essa hora? Zagueiro velho, não dá mais conta de ganhar uma corrida de atacante mais jovem, ainda mais nesse momento do jogo. Também, que merda este Cuca, e estes jogadores experientes, que não sabem segurar um resultado no fim de uma decisão como essa; ainda mais dentro de casa, Indepa lotado! Porra! Cambada de FDP! PQP, que time desgraçado!

Quero nem ver essa cobrança. Bora dormir, e esperar mais um ano nessa fila que não anda nunca, agüentando a encheção de saco daqueles FDP! PQP!!!

 

Inacreditável, mas era verdade III

Correu Riascos, bateu e Viiiiictooor!!! Viiiiictooor!!! Viiiictooor!!!

São Victor, do pé esquerdo mais abençoado da face da terra! PQP!!! Não estou acreditando! É lance de quem vai ser campeão! Não é possível. Agora vai. Agora eu acredito. Na TV, terça-feira, o locutor Milton Leite gritou:

__ O árbitro vai mandar voltar a cobrança.

Uai, mas não teve isso! Que história é essa?

__ O árbitro está mandando cobrar de novo e deu cartão amarelo para o Réver.

PQP (de novo) que merda é essa?

Até que alguém disse na transmissão que o lance valeu, que a defesa do Victor foi legítima e que o jogo ia acabar.

Ufa!

 

Inacreditável, mas era verdade IV

Na sequência, mais emoções, mais sufocos, mais lances, apertos inacreditáveis e o destino foi justo, como em incontáveis vezes não foi com o Atlético, com muitos jogadores, do jeito que é o futebol. Nesta conquista, vários que estavam virando vilões entraram para a galeria de heróis, com toda justiça. Uns pela determinação outros pela qualidade da bola que jogavam e todos pela raça, sangue nos olhos que empenharam, empurrados pela torcida, que nunca faltou com o time. Leonardo Silva marcou o gol que garantiu a prorrogação na final e o respeito conquistado garantiu a ele jogar mais seis anos, e ainda como titular. Victor está aí até hoje.

Essas reprises são muito interessantes e nos fazem viajar no tempo, nos levando a autocrítica e revisão de conceitos. 

 

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O tempo passa depressa. Depois de se aposentar na gerência do Banco do Brasil, o atleticano Cláudio Vaz de Melo curte os netos Igor e Larissa, filhos do Cacinho e Sandra. Questionado pela vestimenta do Igor, saiu com essa: “...democracia reinante lá, ninguém é perfeito...”

 

ECOS DO PASSADO

 

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Este Bela Vista foi vice-campeão da cidade de 1977, perdendo o título para a Cerâmica São Sebastião. Lembro como se fosse hoje, pois transmiti a final para a Rádio Cultura, com Fernando Alves, Geraldo Padrão, João Carlos de Oliveira e Rozalvo Faria. Era um timaço, mas a maioria era da noite e gostava de um “chá com torradas”.

Da esquerda para a direita, Pituca, Maurão, Jackson, César, Mauríção e Barrão; Ronaldo Tenaz, Vicentinho, Oroni, Cassota, Celso e Elzon (massagista).

Todos achávamos que seria barbada, mas a Cerâmica era semi-profissional. Até concentrou o time, sabendo que poderia ganhar na condição física. E assim aconteceu. Obrigado ao Jackson, um dos grandes jogadores que tive o prazer de ver jogar, pelo envio da foto.

 

 

Confira mais no http://blog.chicomaia.com.br/

 

Chico Maia

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