Renato Paiva e Paulinho do Beco assumem a presidência do Democrata a partir de julho

29/06/20 - 11:00

Será realizada no dia 1º de julho a eleição da Diretoria Executiva – presidente e vice-presidente – e do Conselho Fiscal do Democrata de Sete Lagoas. 

 

A primeira convocação está marcada para 19h, na Arena do Jacaré. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gustavo Guerra Gonçalves, conta que 45 sócios que compõe o Conselho possuem direito a voto. “Durante muito tempo, não só o Democrata, mas a maioria dos clubes de futebol foram utilizados para fins pessoais e políticos. A tendência é que estas pessoas sejam afastadas do futebol. O Democrata, hoje, está conseguindo unir forças para o benefício único do clube. Por esta razão, existe unanimidade na presidência do Jacaré, na chapa composta pelos senhores Renato Paiva e Paulo Gonçalves (Paulinho do Beco)”, antecipa Gustavo Guerra.

 

Para o presidente do Conselho Deliberativo, as futuras gestões terão muito trabalho pela frente, e não só a próxima diretoria. “O trabalho que necessita ser feito no Democrata é de longo prazo. A próxima diretoria deverá continuar o trabalho executado nos últimos meses, de equalizar o fluxo de caixa, honrando os compromissos atuais e, quando possível, sanar as dívidas existentes, através de planejamento para que o clube tenha receitas não somente durante o período do futebol, mas também ao longo do ano”, considera. 

Guerra completa: “Para que mais receitas ocorram, é necessário que a marca do Democrata seja demandada pelo mercado, ou seja, precisamos fazer com que a torcida do Democrata seja cada dia maior e o clube mais atrativo. Além disso, o trabalho sério e responsável também possibilita que empresários possam apoiar o clube e saber que os seus investimentos serão utilizados em prol da instituição e que, ao mesmo tempo, terão retorno ao atrelar sua marca ao Jacaré”.

 

A situação do Democrata, assim como dos demais clubes do interior do país, do ponto de visto financeiro, é preocupante, avalia Gustavo. “O Democrata, para se reeguer, deve pensar a longo prazo, em um cenário de 10 a 15 anos para se tornar sustentável do ponto de vista financeiro, tendo maior número de torcedores, credibilidade no mercado e uma marca a ser apoiada. O Democrata acumulou dívidas exorbitantes ao longo dos últimos anos e criou um passivo enorme. A dívida do Jacaré seria impagável se as pessoas que estão imbuídas de gerir o clube não estivessem sempre buscando soluções audaciosas, porém extremamente responsáveis e factíveis”, completa. 

 

Para Gustavo Guerra, o apoio do setor público é importante, mas jamais pode suplantar o interesse da instituição. “Ações em nome do Democrata devem ter o aval da diretoria do clube, sendo que ao longo da história, vimos não só o Jacaré, mas o futebol em geral sendo utilizado para promover políticos”, considera.

 

MÓDULO II

Para Guerra, o retorno do futebol é secundário neste momento de pandemia da Covid-19. “Até a situação se estabilizar e a rede de saúde comportar o número de casos, ou o advento de uma vacina ou tratamento efetivo, sou contra a volta do futebol. Na minha opinião, a volta do Módulo II pode ser no final do ano, aproximando com o início das competições de 2021. Caso a pandemia não se estabilize, congelar o Módulo II desse ano e dar sequência em 2021”, finaliza.

 

Celso Martinelli

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