Sushiman de Sete Lagoas faz sucesso no principado de Andorra

Conheça a trajetória do chef Anderson Lacerda, que iniciou no mundo gastronômico para complementar a renda, mas hoje é uma das referências em Sete Lagoas quando o assunto é culinária oriental

24/01/24 - 18:00

Anderson Carlos Lacerda,
natural de Belo Horizonte, e tem
43 anos.
Sete-lagoano de coração, ele foi
convidado para exibir e produzir toda
sua arte na gastronomia oriental no
principado de Andorra, que fica entre
a França e Espanha – no restaurante
Àrtic. Shushiman renomado, leva o
toque mineiros para as terras europeias.


Conheça o profissional:
Como foi sua infância e juventude?
Passei a infância e adolescência, dos 6
aos 15 anos, em Curitiba (PR) com o meu
pai. E a partir dos 15 me mudei para Sete
Lagoas com a minha mãe e, por isso, já
me considero sete-lagoano de coração.
Estudei nós colégios Alípio de Melo,
Renato Azeredo, Cândido Azeredo e
por fim um curso técnico em 2001 de
Enfermagem no antigo Colégio Minas
Gerais, no bairro Boa Vista.
Quando começou a trabalhar e por
onde passou?
Meu primeiro emprego na cidade foi
no comércio na extinta loja Armarinhos
e Roupas Infantis Monsenhor Messias, na
rua de mesmo. Depois trabalhei como
Office Boy no escritório Marcos Martins
e na antiga Drogaria Fonseca e Drogaria
Lobato. Passei brevemente pela indústria,
na Iveco, e por fim foram mais de 6 anos
no jornal Sete Dias, onde cresci muito
profissionalmente e me encaminhei para
a cozinha oriental.
Como a gastronomia surgiu na sua
vida?
Em 2011 comecei como garçom
à noite no antigo restaurante Japinha.
Devido a minha paixão por motocicletas,
precisava de uma segunda fonte de renda
para comprar o meu sonho da época.
Desde então estou na profissão que
me identifiquei e me tornei profissional
da cozinha oriental e atualmente vivo
unicamente desta profissão.
E como surgiu a oportunidade de
trabalhar em outro país?
A oportunidade de vir a Andorra
veio através de um amigo com quem
trabalhei há anos atrás e que se tornou
também uma amizade profissional. Ele
foi chamado pelo LinkedIn e precisava
formar uma equipe para implantar o
serviço de sushiman na alta gastronomia
europeia, em um restaurante. Ele confiou
no meu profissionalismo e nos juntamos
com um toque abrasileirado em Andorra,
que está se tornando um novo sucesso.
Como é Andorra?
Esse pequeno país (principado) fica
entre a França e a Espanha, onde a
língua oficial é o Catalão – um misto
de francês espanhol e português. O
atrativo principal do principiado é a
neve, culinária diversificada e turismo
de compras. O clima na maior parte do
tempo é frio, dificilmente passa dos 10
graus durante o dia e normalmente as
temperaturas são negativas a noite.
Como está a adaptação e o seu dia a
dia?


É uma adaptação difícil para quem
viveu em Sete Lagoas. A segurança é
o ponto alto, é bem comum pessoas
caminhando a qualquer hora da noite
sem preocupação.
Morar fora se torna agradável devido
a qualidade excelente de vida, mesmo
com a renda mínima do país. Porém,
a nossa casa e terra natal sempre será
melhor, a distância da família e amigos
próximos – o contato – faz muita falta.
No dia a dia isso é de um peso gigante,
a comida mineira faz uma falta incrível
também.


Quais são os planos para 2024?
Para 2024 a ideia é aperfeiçoar a
culinária e idiomas para abrir mais
portas por aqui e num futuro descansar
e levar o aprendizado para Sete Lagoas.
A culinária brasileira tem muito espaço
e capacidade para crescer, além de
oferecer boas remunerações para quem
tiver coragem de abrir mão do conforto
de casa e experimentar um novo começo.
 

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