“Na corrida de rua descubro percursos encantadores”

Para a cardiologista Maria Helena Borges, Sete Lagoas está entre as melhores cidades para se viver do Brasil, mas carece de um tratamento mais humanizado do poder público

20/09/21 - 09:17

Dra. Maria Helena durante corrida realizada em 2019: também é comum ver a cardiologista correndo pelas ruas de SL
Dra. Maria Helena durante corrida realizada em 2019: também é comum ver a cardiologista correndo pelas ruas de SL

Roberta Lanza

Conheça a história e trajetória profissional da médica Cardiologista, Maria Helena Borges. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), BH, em 1986, Maria Helena é sete-lagoana de coração. Trabalhou no HVC, HFR, membro do corpo clínico e coordenadora do CTI do Hospital SOCOR por muitos anos, trabalha no HNSG desde 1989, onde permanece até os dias atuais. Trabalha no CISMISEL há 16 anos, e há cinco, tem o seu próprio negócio: Clínica de Cardiologia e Ecocardiografia.

Onde nasceu e quais suas principais lembranças de infância/juventude?
Nasci em Zona Rural do município de Lagoa Formosa/MG, onde permaneci até a idade de sete anos. Sou a terceira de oito filhos. Minha infância foi muito feliz, apesar de dificuldades diversas próprias da época. Lembro-me das brincadeiras da “roça” com muita ternura. E quando a família mudou-se para a cidade (LF), os tempos permitiam uma vida com muita liberdade. Brincávamos nas ruas, nos quintais e no único clube esportivo da cidade, local este, de minha maior alegria na adolescência. Mas, logo cedo saí da minha cidade para prosseguir nos estudos. De Patos de Minas, fui pra Viçosa, estudar o terceiro ano integrado, no COLUNI. Ao final daquele mesmo ano, fui para BH prestar o meu primeiro vestibular. Medicina sempre foi o curso dos meus sonhos. Porém, só passei no ano seguinte. 

Quando e como foi seu encontro com Sete Lagoas?
Conheci Sete Lagoas no dia 10 de maio de 1989, domingo, Dia das Mães, cedinho, quando cheguei de ônibus, Expresso Sete Lagoano, para dar o meu primeiro plantão no CTI do HNSG. Naquela época, o Dr. Aloísio Nascimento estava iniciando a sua atividade como Coordenador Médico deste CTI, e ao formar a sua equipe de plantonista, fui convidada por ele. Aceitei. E me encantei imediatamente ao entrar na cidade, pela Av. Juscelino Kubitscheck. “Paixão à primeira vista”, assim considero até os dias de hoje!

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Maria Helena com a "tecnologia” que mais ama, o Ecodopplercardiografia: "Faz parte da minha vida"
Qual a sua profissão, o que motivou a escolhê-la e qual sua trajetória profissional?
Médica, Cardiologista e Ecocardiografista. Desde minha adolescência sonhava ser médica. Acredito que minha inspiração pela Medicina surgiu do DR. Ophir, um dos dois médicos da cidade, e que éramos vizinhos (e vizinhos sem muros).
A minha trajetória profissional foi fazer Residência de Clínica Médica no Hospital Felício Rocho, Residência de Cardiologia no Hospital Vera Cruz (na época era referência em todo o Estado de MG), Cardiologista do Hospital SOCOR (como plantonista, coordenadora do CTI e Staf da Residência em Cardiologia, Terapia Intensiva e Ecocardiografia). E... é preciso lembrar que, desde 1989, eu sempre estive trabalhando no HNSG. Atualmente, tenho o meu próprio Serviço – Clínica de Cardiologia e Ecocardiografia, mantenho minhas atividades no HNSG e trabalho no Cismisel (há 16 anos).

Como é sua relação com a cidade, concilia trabalho e aproveita a cidade e seus atrativos?
É a melhor possível! Realmente eu amo Sete Lagoas. Geograficamente, eu a acho quase perfeita! Consigo conciliar o meu trabalho com a Corrida de Rua, que é a atividade física que há vários anos pratico apaixonadamente. Aproveito as ruas, as avenidas, as “perimetrais” e sempre descubro percursos encantadores para minha atividade.
Os atrativos são muitos, e até impossível de citá-los aqui. Entre esses vários, sou encantada com as lagoas, com os centros culturais, com as feirinhas, com as praças, com o Shopping Sete Lagoas, com o Clube Náutico, etc...

Qual o lugar que mais gosta na cidade? E por quê?
Como já disse, gosto de vários lugares. E em Sete Lagoas há lugares incrivelmente belos: Lagoa Paulino, Lagoa da Boa Vista, Lagoa do Cercadinho (amo), Praça da Estação... mas eu escolho A Serra de Santa Helena!!! O por quê?  Lugar maravilhoso, natureza divina, sublime, e eu sempre a contemplo como um “paraíso”. Uma sensação magnífica.

O que você acha que Sete Lagoas mais precisa e por quê? 
Acho difícil falar sobre certos assuntos, mas como minha profissão é na área de Saúde, vejo que Sete Lagoas necessita urgentemente de administrações políticas que coloquem em ordem as verdadeiras necessidades de um povo, de uma comunidade. E assim, em primeira instância, é preciso melhorar a Saúde, necessidade básica de ordem maior. Melhorar a Educação, que é a base para um mundo melhor. Incentivar a cultura, atualmente tão ausente na cidade. Enfim... observar e cuidar dessa cidade com uma visão holística, como ela merece, pois, assim, a “nossa Sete Lagoas” estará no patamar das melhores cidades para se viver em nosso país!
 

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Com o marido Sidamar durante a formatura do filho  Mateus (dir.), no Clube Náutico, em dezembro/19

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