De Sete Lagoas para as passarelas do México

Conheça Thalyta Alves, 23, modelo e estudante de Direito, que começou a carreira nas passarelas do Miss Férias de Sete Lagoas e hoje vive no México fazendo sucesso internacional.

23/10/21 - 08:09

Por Roberta Lanza

Conheça a história de Thalyta Alves Pinto (foto), modelo e estudante de Direito, de 23 anos, que começou a carreira nas passarelas no  Miss Férias de Sete Lagoas e hoje vive no México, atuando profissionalmente como modelo. 

Qual seu nome completo, idade e família?
Meu nome completo é Thalyta Alves Pinto, tenho 23 anos, sou filha de Antônio Eustáquio e Delma Fonseca. Sou estudante de direito, miss, modelo sete-lagoana e, agora, modelo internacional também!

Quais suas lembranças da infância/ juventude em Sete Lagoas?
Nasci e cresci em Sete Lagoas, então toda a minha vida foi, de certa forma, “feita” na cidade. Sou muito grata por ter tido oportunidade de crescer em uma cidade com pessoas tão especiais. Tive uma infância e juventude muito tranquila e feliz, me lembro de ir à feirinha com meus pais, dar voltas na lagoa, passear pela Monsenhor Messias.. hahaha Amava e, por sinal, já estou com saudades!

Em quais escolas estudou na cidade?
Comecei a estudar no colégio CPP, que depois se tornou Dimensão, logo depois estudei por quatro anos no Arthur Bernardes, fui para o Colégio Dom Silvério, fiz lá o meu ensino fundamental por quatro anos, e finalizei o ensino médio no Anglo.

Como aconteceu a carreira de modelo? Qual sua trajetória na profissão? Mesmo de longe, você continua acompanhando Sete Lagoas?
Quando criança, sempre que me faziam a famosa pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, eu respondia “quero ser modelo!”, mas todos acreditavam que era “desejo de criança”. Na verdade, em determinadas fases da minha vida, até eu mesma pensava que era um sonho inalcançável mas, ao ser MUITO incentivada pela minha mãe a participar do Miss Férias Sete Lagoas, consegui me encontrar e ter a certeza de que era algo que eu queria pra minha vida. 
Comecei no mundo da moda atuando como miss, no concurso Miss Férias, quando eu tinha 15 anos. Logo após esse concurso conheci o meu atual coordenador e missólogo, Edson Diniz, o qual alguns meses depois me levou para outro concurso no certame estadual. 
E foi com esse desejo de crescer mais profissionalmente que decidi entrar no mercado de Belo Horizonte, mas sem saber por onde começar. Foi aí que conheci a minha atual agência mãe, a Moda Minas Gerais Fashion Week. Me senti acolhida assim que entrei na agência e logo depois de algumas semanas já estava com um contrato internacional pronto. Foi tudo muito de repente, porque fui com a intenção de entrar no mercado da capital e em poucos dias já estava com um contrato internacional fechado, algo que eu nunca havia sequer cogitado na minha vida pelo simples fato de achar que era muito difícil. 
É impossível não acompanhar minha cidade. Eu estou aqui, mas as pessoas que mais amo na vida estão aí, então de certa forma é como se eu tivesse com um pezinho aí ainda.
Posso morar em qualquer lugar do mundo, que minhas raízes sempre estarão em Sete Lagoas e eu me orgulho muito disso, amo levar o nome da minha cidade, faz parte de quem eu sou. 

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Talita com os pais Antônio Eustáquio e Delma Fonseca: carreira de sucesso e muita simpatia
Hoje você está morando e trabalhando no México. Conte sobre essa experiência e quais planos futuros? Qual seu maior sonho? 
Desde o dia que cheguei aqui, 13 de setembro, estou em êxtase com tudo. Parece que estou realmente vivendo um sonho. Essa foi minha primeira viagem sozinha e para o exterior, então tudo é muito novo. São experiências inimagináveis, eu sinto que a cada dia que passa eu amadureço mais como pessoa, me sinto mais confiante, mais segura, me sinto até mesmo mais capaz. E, apesar de ser apaixonada pela vida que eu tinha em Sete Lagoas, eu sentia que queria voar com minhas próprias asas e saber que estou conseguindo é realmente, gratificante. 
Posso morar em qualquer lugar do mundo, que minhas raízes sempre estarão em Sete Lagoas e eu me orgulho muito disso, amo levar o nome da minha cidade, faz parte de quem eu sou. 
Profissionalmente, já estou vivendo um sonho, estou trabalhando no exterior com algo que eu amo e às vezes é até difícil da ficha cair! A cada trabalho que faço aqui e vejo o resultado penso “Meu Deus, sou eu mesma. Eu consegui”. hahaha Estou me sentindo muito realizada em saber que esse é só o início de tudo me deixa muiiiitooo motivada!  Então, hoje, meu maior sonho é trabalhar MUITO no máximo de países possível, porque eu faço o que eu amo, então quanto mais trabalho, mais realizada vou me sentir. 
Agora, um sonho pessoal… queria muito trazer os meus pais comigo! A parte mais difícil foi a despedida, somos muito unidos, eles me apoiam de uma maneira incondicional, então quero muito conseguir levá-los comigo a cada lugar que eu for.
Além de modelo, você também se formou em direito. Tem conciliado as duas profissões? O que diz para garotas e garotos que têm vontade de atuar na carreira de modelo? Ser modelo é só glamour, como algumas pessoas imaginam?
Na verdade, eu tranquei minha faculdade no 10º período para vir para cá, me formaria no final desse ano. Sempre me fizeram essa pergunta sobre como eu conciliaria as duas profissões, mas eu nunca pensei de fato em como faria isso. São duas profissões bem distintas, uma que preza a discrição e a outra que necessita de exposição, então eu sempre pensei que deveria achar um equilíbrio entre as duas, porque eu amo o Direito, sei que esse é o curso que eu faria caso não fosse modelo, mas não consigo pensar em abandonar minha carreira como modelo para seguir atuando na área. No momento, quero aproveitar essa oportunidade que estou vivendo ao máximo, trabalhar em outros países, conhecer novas culturas, novas pessoas… Enfim, hoje meu pensamento é o de viver intensamente a carreira de modelo, para que futuramente possa me dedicar igualmente sendo operadora do direito. 
Ah, quem dera se ser modelo fosse só glamour... hahahah  As pessoas têm tendência a idealizarem a profissão de modelo como algo que é fácil é perfeito porque só veem o resultado do trabalho. Por exemplo, uma foto que você olha em uma revista e vê perfeita, na verdade envolveu horas e horas de trabalho e uma equipe gigantesca para conseguir proporcionar aquele resultado. 
Normalmente, o mercado da moda trabalha com uma coleção à frente, ou seja, quando estamos no verão, o mercado já começa a fotografar peças de inverno e vice-versa. Fiz um trabalho aqui que estavam fazendo 7ºC e estávamos fotografando verão…. Então imagina o frio! hahahah Tem que gostar mesmo da profissão porque é igual qualquer outra e tem suas dificuldades também. Por isso, sempre digo “valorizem o trabalho dos modelos porque muita coisa aconteceu para que aquela foto, comercial e etc chegasse perfeito para você”. 

Qual lugar você mais gosta na cidade?
Amo todos os nossos pontos turísticos, mas a Serra Santa Helena é sem sombra de dúvidas, o lugar que mais gosto. A beleza, a natureza, a possibilidade de vermos toda a cidade, tudo, me encanta muito!   

O que você acha que Sete Lagoas mais precisa e por quê?
Falando com relação ao crescimento profissional de quem sonha em trabalhar como modelo, acredito que a cidade poderia apoiar a população que deseja isso. Tive a oportunidade de competir em diversos concursos de Miss e vocês não imaginam o quão difícil é para conseguirmos patrocínios. Tem várias pessoas que deixam de competir por não terem condições e são pessoas que muitas das vezes têm capacidade e potencial para fazer o nome da cidade crescer mais ainda. Nós não queremos reconhecimento depois de já conseguirmos alcançar nossos objetivos, queremos incentivo e reconhecimento antes disso acontecer, porque levar o nome da cidade é algo que exige responsabilidade, até porque envolve muitas pessoas, envolve muita dedicação e comprometimento.
Se hoje eu estou aqui em outro país, foi porque eu tive a sorte de ter pais que me apoiam, parceiros que se tornaram amigos e viveram o meu sonho junto a mim e por eu não ter desistido depois de cada risadinha e descrença que já vivi e ouvi ao pedir patrocínios. Claro que entendo que muitas das vezes não é possível ajudar financeiramente, mas não é por isso que não devemos ajudar da forma que podemos. 
Para trabalhar como modelo devemos ter algumas medidas determinadas. Em fevereiro, quando me disseram que eu iria viajar em agosto/setembro, eu não estava nessas medidas. Fiquei desesperada. Mas, como eu disse tive parceiros que se tornaram amigos e me ajudaram ao alcançar meu objetivo. Acho que o sentimento mais bonito é a gratidão e eu sou/serei imensamente grata por cada um que me ajudou a chegar até aqui.

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