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DE OLHO NA POLÍTICA - Do golpe anunciado

13/09/21 - 10:59

João Henrique Faria é jornalista e consultor político eleitoral e governamental, proprietário da Fator Consultoria.
João Henrique Faria é jornalista e consultor político eleitoral e governamental, proprietário da Fator Consultoria.

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João Henrique Faria *
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DO GOLPE ANUNCIADO
Do positivo...
A ação rápida, no dia 6 de setembro, do ministro Alexandre de Moraes. Já diz o ditado: “Pra estancar uma quadrilha, corta a grana”.

Ao negativo...
O “movimento dos caminhoneiros”, leia-se dos patrões, proprietários de frotas, em especial do agro. Acreditaram no golpe, imaginaram que o chefe ia mandar bem e ficaram a ver caminhões, com o perdão do trocadilho. Abandonados na estrada da vida.

LIRA SENDO LIRA...
O pronunciamento de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, pouco ou nada acrescentou. Exceção ao desabafo sobre voto impresso, questão já superada pelo Legislativo Federal, Lira foi mais do mesmo.

Aras sendo Aras
O Procurador Geral da República, Augusto Aras, falou, falou, falou e nada disse. Defesa da democracia, blá, blá, blá e ficou por isso mesmo. “De onde menos se espera, daí é que não sai nada”, já dizia o Barão de Itararé.

FUX DÁ O TOM
Quem fez um discurso contundente na abertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo preferencial das manifestações bolsonaristas do 7de setembro, foi seu presidente Luiz Fux. Além de dizer que não aceitará ataques à independência da Corte, Fux foi direto na ferida, nominou o presidente Jair Bolsonaro, falou em crime de responsabilidade e, a exemplo do ministro Alexandre de Moraes, peitou a tentativa de golpe. Ficou devendo, ao afirmar que o STF não vai aceitar o não cumprimento de decisões judiciais futuras da Corte. Deixou para trás as dezenas de outras atitudes que caracterizam crime de responsabilidade já praticadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

O ZEMA FALOU...
O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, pronunciou-se sobre as manifestações do 7 de setembro. Para ele, “em toda democracia a manifestação é um ato normal, que deve ser encarado de forma natural”.

O problema está, certamente, aí. Normalizar manifestações de caráter democrático, tudo bem. Mas normalizar manifestações que pedem intervenção militar, fechamento do STF e ataques diretos a membros da Suprema Corte, aí não há o que se naturalizar.

Mas depois deu uma consertada: “Não é através de manifestações que vamos melhorar a situação de Minas, e acredito que do Brasil da mesma forma”.

Enfim, só pra não perder o costume: Zema sendo Zema.

CÓDIGO ELEITORAL
Na última quinta-feira, a Câmara dos Deputados iniciou a votação do texto do Novo Código Eleitoral. Recheado de polêmicas, o Código foi aprovado com destaques. Ou seja, diversos pontos devem ser votados, um a um.

E começou na quinta mesmo, com a infeliz derrubada da quarentena para candidaturas de magistrados, policiais etc.

Ocorre que o presidente Lira tinha pressa em colocar em votação a matéria e foi alvo de críticas de diversos setores, por se tratar de tema de relevante importância e não poder ser votado no afogadilho. Mas Lira, num primeiro momento, não quis saber. Colocou em pauta e pronto.

Mas aí veio o 7 de setembro e veio também a derrubada do artigo da quarentena. Faltando 15 destaques para serem votados, o presidente da Câmara encerrou a sessão e afirmou: “Os demais 15 destaques ficam para a semana que vem, caso haja possibilidade de incluí-lo (o Código) na pauta”.

Uma clara sinalização de que não colocará.

Como o assunto ainda tem que seguir para o Senado, há uma chance muito grande de que não seja votado antes de 3 de outubro, data limite para que alterações realizadas na Legislação Eleitoral tenham validade nas eleições de 2022.

É bom lembrar que Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, ainda não colocou na pauta a Minirreforma Política, que na Câmara derrubou a possibilidade do Distritão, mas retornou com as coligações para as eleições proporcionais, o que Pacheco considera, corretamente, um retrocesso.

Vamos aguardar este longo setembro terminar.
Outros outubros virão.

EM TEMPO
Essa é do personagem Coronel Siqueira, no Twiter:
“SARA WINTER, DANIEL SILVEIRA, ROBERTO JEFFERSON E HOJE FINALMENTE ZÉ TROVÃO. COM UM BARALHINHO JÁ ROLA UM TRUCO TOP NA PRISÃO!!!”

* João Henrique Faria é jornalista e consultor político eleitoral e governamental, proprietário da Fator Consultoria.
 

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