Sete Dias Indica

Thor Amor e Trovão - Um desastre do começo ao fim

​​​​​​​O vilão Gorr o Carniceiro (Christian Bale) é caricato e sua motivação não é convincente

29/09/22 - 10:18

Por Sétima Arte

imagempor Wellberty Hollyvier D’Beckher
Formado em artes cênicas pela UFMG, pela faculdade do Rio de Janeiro em crítica e análise de filmes, além de cinéfilo desde os 10 anos de idade.

 

Que o Thor perdeu sua identidade a gente já sabe a tempos, mas não precisava descer tanto, o primeiro Thor dirigido pelo Shakespeariano Kenneth Branagh em 2011 é o melhor dos filmes de Thor, nos quadrinhos o herói usa aquela linguagem solene, parecido com um personagem saído de uma peça de Shakespeare, o diretor soube como ninguém capturar a essência do personagem, Anthony Hopkins como Odin estava magnífico, Tom Hiddleston fez sua melhor atuação com Loki, tudo funcionou neste filme, mas o público não comprou a história, embora não tenha sido um fracasso, também não foi um sucesso de bilheteria.

Para continuação de 2013 chamaram o fraco Alan Taylor (Exterminador do Futuro Genesis) que um cineasta que não é autoral como Kenneth Branagh, mas obediente aos executivos da Marvel Estúdios. A Bilheteria foi um pouco melhor, mas o resultado bem inferior ao primeiro filme.

Para o terceiro filme do herói em 2017, Thor: Ragnarok chamaram o comediante e diretor de comédias Taika Waititi, aí o caldo azedou, o filme em nada lembra o Thor das HQs, descaracterizado, humorista, fraco, inseguro, nem parecia um Deus de Asgard, o herói ficou bobo, como todo filme dirigido pelo diretor, o humor parecia o do Chaves, só faltava o vilão ser o Racha Cuca, mas agradou a nova geração que nunca abriu uma HQ do herói, um filme risível.

Mas eu pensei pior não da para ficar, e para minha surpresa ficou, o diretor foi mantido para o filme deste ano, “em time que está ganhando não se mexe”, essa é máxima do cinema, mas tá tudo errado neste filme, a historia da Poderosa Thor, Jane Foster, não existe nas HQs, quer dizer, Jane Foster virou a Poderosa Thor nos quadrinhos entre 2014 e 2018, o que empolgou os leitores, fazendo as vendas crescerem 35%, as história eram realmente boas e cativaram os leitores, mas a bobagem levada as telas pelo diretor, nunca foram publicadas, uma pena, a personagem tem arcos ótimos, que renderiam um ótimo filme.

Este é sem dúvida o pior filme do Thor, e um dos piores filmes da Marvel, nada funciona, o filme joga por terra elementos que os outros filmes criaram, por exemplo, para viajar entre as galáxias era necessário um ponte com um mecanismo próprio para isso em Asgard, porem ela foi destruída, mas agora o Thor consegue isso com seu machado, Rompe Tormentas, de onde tiraram tal ideia, Jane Foster está com câncer e usa o Mjolnir para se transformas na poderosa Thor, mas acontece que ao invés de cura-la o martelo vai acelerando sua morte, Thor é um Deus e pode viajar pelo espaço sem respirar, mas Jane Foster, Valkiria e Korg não, mas isso é esquecido, eles viajam de um ponto da galáxia a outro com a facilidade de quem vai de Sete Lagoas a BH.

O vilão Gorr o Carniceiro (Christian Bale) é caricato e sua motivação não é convincente, no inicio do filme ele aparece com uns poderes, que vão se transformando ao longo do filme conforme a exigência do roteiro, Os Guardiões da Galáxia tem uma breve participação no início do filme, eu esperava mais, Russel Crowe (Zeus) tem uma participação tímida e grotesca Tessa Thompson (Rei Valkiria) é Sub aproveitada, uma atriz com seu carisma e talento merecia mais, a trama é rocambolesca, cheia de falhas, não convence em momento nenhum e demoramos demais a saber om por que do sub título do filme, Amor e Trovão, se você como eu é fã do herói vai se decepcionar, mas se você nunca leu uma história do herói e é fã do penúltimo filme vai se decepcionar também, este último filme não entrega nada de positivo.
O filme pode ser visto na Disney+  Nota do filme, 4,5/10

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