Sete Lagoas vai de Miss Férias, Exposete e agitação nos bares à expansão cultural mais per

24/11/23 - 12:40

Celso Martinelli


Nos 32 anos do SETE DIAS, a Cultura sempre esteve presente na vida de Sete Lagoas, apesar de todas as dificuldades. E em nossas páginas e redes de comunicação. 


A cidade, na década de 90, era conhecida por sediar eventos culturais, como o Miss Férias, que era um glamouroso concurso de beleza realizado anualmente desde 1986 e que atraía participantes de toda a região. 


O concurso Miss Férias, à primeira vista, não parece ter sido ou ser hoje em dia um evento de grande importância na indústria cultural. No entanto, é possível argumentar que, em certos períodos específicos do passado, o concurso Miss Férias teve uma relevância enorme na cultura local e regional. 


No Brasil, durante nas décadas de 1950 até 90, os concursos de beleza eram muito populares e amplamente divulgados pela mídia. Nesse contexto, o Miss Férias era uma referência, uma forma glamourosa de entretenimento, apresentando belas jovens que representavam o padrão de beleza da época, integrando todas categorias sociais e raciais, sem distinção. 


Importante ressaltar que, com o passar do tempo e mudanças de costumes, os concursos de beleza, incluindo se tornaram alvo de críticas ao longo dos anos. Passaram a ser frequentemente questionados por sua objetificação do corpo e estética, promovendo a ideia de que a beleza física é o único critério de valor e sucesso de uma mulher.


Atualmente, a indústria cultural tem se voltado para uma perspectiva mais inclusiva e diversa, buscando representar diferentes tipos de corpos e belezas. Por isso, nos dias de hoje, eventos como o Miss Férias não tenham mais a mesma relevância na indústria cultural, mas é inegável a sua contribuição para o desenvolvimento da cultura e geração de negócios na história da região.


CIDADE BOÊMIA

Apesar das dificuldades, Sete Lagoas sempre teve uma cena cultural vibrante, com diversos movimentos em áreas como a música, teatro, dança e artes visuais. A criação da Casa da Cultura, nos anos 1980, foi um marco, e se tornou durante muito tempo o principal espaço da cidade no setor.

A cidade sempre contou, e conta, com grupos e coletivos culturais ativos, que promovem eventos, exposições e apresentações, contribuindo para o enriquecimento e o desenvolvimento cultural do município.


A vida noturna sempre foi agitada nos diversos bares, especialmente na década de 1090, como o Ares da Fazenda, que recebia artistas e bandas emergentes, da cidade e Belo Horizonte, como a banda Skank, por exemplo. Porém, a grande expectativa era com a chegada da Exposição Agropecuária, a tradicional Exposete, que hoje vive na expectativa por um retorno digno em 2024. 


O Carnaval cresceu, ganhou a cidade, com o pré-carnavais - como acontece em Belo Horizonte - sendo melhor que a festa em si quando chega a de forma oficial a semana do “Rei Momo” na cidade.


CONTEÚDO PARA TODAS AS IDADES

O SETE DIAS sempre esteve presente na vida cultural da cidade e, também, no estilo e comportamento de uma população que procurava se encontrar, que tinha vida própria, independente do que acontecia na capital.


Com o SETE DIAS surgiu o Point em 1993, um encarte - amarelo a partir de sua segunda edição - que mexia com os jovens, estudantes e quem curtia as baladas que Sete Lagoas tinha a oferecer. E eram muitas.

Falávamos de Moda, com Cíntia Santos, e também com a criançada, através do encarte infantil Espoleta, criado pela publicitária Marisa Figueiredo. 


 

CASA DA CULTURA, ETERNA  (Foto Casa da Cultura_Rogério Cardoso)

Em julho de 1993, o hoje saudoso ator Rogério Cardoso, que interpretava o "Rolando Lero" na Escolinha do Professor Raimundo, na Globo, reclamou do tamanho do palco da nossa Casa da Cultura. O local tinha 110 lugares e, de lá pra cá, pouca coisa mudou em relação à estrutura do espaço.


O que que foi notícia nos últimos dois anos na Cultura, mostrados pelo SETE DIAS


ORQUESTRA JOVEM DE SETE LAGOAS 

Em outubro de 2022 e março de 2023 notícias sobre a Orquestra Jovem de Sete Lagoas foram destaque no SETE DIAS. 

Em março foram abertas inscrições para novos alunos. As vagas foram destinadas a crianças e adolescentes, residentes em Sete Lagoas, com idade entre 07 e 16 anos. Sem necessidade de conhecimento ou experiência em algum instrumento musical, bastando uma seleção para que fosse avaliada a aptidão musical de cada um. Hoje a Orquestra funciona no salão paroquial da Igreja Santa Luzia, no bairro do mesmo nome e atende aproximadamente 80 crianças e adolescentes com aulas gratuitas.


PELA PRIMEIRA VEZ, UM PRÉ-CARNAVAL COM BLOCOS LOCAIS

 


Ganhou destaque na imprensa estadual o pré-carnaval realizado pela prefeitura nos meses de janeiro e fevereiro do ano de 2023.  Foram ensaios e shows abertos ao público levando milhares de pessoas às praças da cidade. Ao todo foram quatro finais de semana de folia, levando brincadeiras, diversão e música aos foliões.


FESTIVAL DE CULTURA NEGRA GANHA ESPAÇO


Com show do artista Sérgio Pererê, oficinas, rodas de conversa, audiência pública, inauguração da praça dos orixás e celebrações pelos quatro cantos da cidade, o Segundo Festival de Cultura Negra, marcou o ano de 2022 como a expansão do olhar do poder público e da população sobre a necessidade de se combater o racismo e se comprometer com a luta antirracista. O Festival aconteceu em diversos pontos e durou 21 dias. 


CULTURA SE DESTACA REGIONALMENTE


Sob a gerência de Priscila Horta nos anos de 2021 a 2023, a cultura foi destaque no âmbito regional. Diversas participações e interlocuções com outros municípios por meio do Circuito Turístico das Grutas.

O entendimento da cultura como um pilar do desenvolvimento turístico sustentável foi debatido e outros atores foram inseridos no processo de construção de políticas culturais. Esse foi o destaque do jornal SETE DIAS no dia 12 de janeiro de 2023. 


GRETCHEN NA 11ª PARADA LGBTQIA+ 


 


Em cima do Trio Elétrico e acompanhada por milhares de pessoas a cantora Gretchen foi a atração principal da 11ª Parada LGBTQIA+ de 2022. O evento contou com a entrega do Prêmio Diversidade, Respeito e Cidadania e com atrações no Parque Náutico Boa Vista. A luta por direitos iguais e contra a intolerância e a transfobia foram os temas debatidos. 


CONGO E MOÇAMBIQUE RESISTEM E FAZEM O FOLCLORE ACONTECER


Após o período pandêmico, as festas tradicionais da cultura popular voltaram a acontecer com toda força. As Semanas do Folclore realizadas em 2021 e 2022 mostraram que temos uma cultura forte e resistente. Em torno de 500 participantes estiveram nas missas congas tradicionalmente realizadas em frente ao Centro Cultural Nhô Quim Drummond, mais conhecido como Casarão.


Nas Festas em honra à Santa Helena não foi diferente. A Cultura Popular, Guardas de Congo e Moçambique compareceram em peso e nos últimos anos fizeram os maiores cortejos já vistos na cidade.

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