Chico Maia | 05/06/20

05/06/20 - 16:00

A era SSR

Com as iniciais do Sérgio Santos Rodrigues, é assim que muitos cruzeirenses estão chamando o atual momento do clube, com a posse da nova diretoria, dia 1º. Advogado, 38 anos, o presidente foi eleito para um mandato tampão, que será cumprido até dezembro deste ano, concluindo o trágico período que seria de Wagner Pires de Sá. Diferentemente do antecessor, Sérgio não é um paraquedista no Cruzeiro, muito pelo contrário. Já ocupou cargos de relevância em gestões passadas e é ligado ao Zezé Perrella, de quem é advogado. Contou com o apoio fundamental de Pedrinho Lourenço (Supermercado BH) e continua contando, de forma mais fundamental ainda, para a injeção de recursos nestes primeiros momentos de absoluto sufoco para pagar contas urgentes.

O discurso é otimista, com razão, para que assume um grande clube, detentor de uma das maiores torcidas do país. Como disse Alexandre Kalil quando assumiu o Atlético, em fins de 2008, tão quebrado quanto: “em time grande, se o presidente não roubar e não deixar roubar, o dinheiro rende e dá pra fazer tudo que precisa ser feito...”. As fontes de arrecadação são muitas e fartas.

 

Saindo da pior forma

Cazares se comporta como quem quer sair do Atlético pela porta dos fundos. No dia 18 de maio Levir Culpi, em entrevista ao Afonso Alberto, falou algumas verdades sobre o Cazares: “Ele tem que resolver o que quer fazer. Se ele acha que é bom sair na zona e chegar bêbado para treinar, ele vai fazer isso. Agora, tem um preço. Tudo tem um preço". Falou com a autoridade de quem dirigiu o jogador no Atlético e passou muita raiva por causa do comportamento extra-campo dele.

Esta semana, no primeiro dia do mês, o equatoriano estava nas manchetes negativas de novo, por teste positivo de coronavirus e multa de R$ 130 mil, a ser paga à prefeitura de Lagoa Santa, onde mora, depois de três festas consecutivas, denunciadas por vizinhos, contrariando o decreto municipal de prevenção à doença.

 

Muita bola, pouco raciocínio

Atualmente com 28 anos de idade, Cazares está no Atlético desde 2016. Já faltou a treinos, chegou atrasado, enfrenta acusação de agressão à mulheres, afastado da seleção do Equador pelo técnico Hernán Dario Gómez, disse que deseja jogar no Corinthians e outras coisas mais, Não conquistou nenhum título relevante com o Atlético, porém, marcou alguns belos gols, deu umas belas assistências e deixou marcadores deitados ou “catando cavaco”, depois de dribles desconcertantes. Isso ainda mantém seu prestígio com torcedores mais apaixonados do Galo. Quando alguém o critica ou põe o dedo nessas feridas, enfrenta a ira de muitos ou comentários como, “podem falar o quê quiser ,mas eu penso que o Cazares bêbado ainda é melhor jogador do Atlético. Pode colocar pinga na garrafinha de água dele e deixá-lo em campo. Vai jogar mais.”

 

Quando a paixão cega

Critiquei Cazares recentemente, lembrando que é craque, mas cuja irresponsabilidade só prejudica o clube que lhe paga um alto salário. Tomei porrada de torcedores em meu próprio blog. Quem o defende com unhas e dentes se esquece que em momentos decisivos, quando o time mais precisou dele, negou fogo, por causa de uma dessas indisciplinas. Certa vez foi retirado da concentração antes de um jogo importante, sem explicações públicas convincentes. Depois saiu a informação de que ele foi a uma festa antes de se concentrar e por via das dúvidas, melhor deixá-lo de fora da partida.

Nunca demonstrou preocupação de verdade em dar retorno ao Atlético. Nestes últimos meses de contrato, dá a impressão de que quer sair fora logo. Tipo de comportamento inaceitável para Jorge Sampaoli, que conhece muito bem todos os jogadores dos principais clubes da América do Sul.

 

Cada vez mais profissional

Foi-se o tempo em que jogador tomava todas e na hora agá arrebentava em campo. Cada dia mais o profissionalismo, condição física principalmente, é exigido de um atleta. Quem tem mais fôlego, normalmente vence. Sem falar em outros detalhes dos regulamentos, que prevêem exame antidoping e essas coisas. Maradona estava fazendo uma ótima Copa nos Estados Unidos em 1994 e depois de uma grande partida contra a Nigéria teve a carreira na seleção encerrada, flagrado que foi no antidoping.

 

O dilema do Mineiro 2020

Fim do campeonato, fora ou dentro de campo? Com ou sem rebaixamento? Com ou sem acesso? A situação é complicada para todo mundo. E incerta para os estados e para a CBF. O presidente da Federação Mineira de Futebol, Adriano Aro, quer terminar a disputa dentro de campo, o que seria a medida mais justa, caso haja datas ainda este ano. Se não der, o América poderia ser declarado campeão, já que liderava a disputa quando houve a paralisação.

O maior problema seria quanto ao rebaixamento, já que o Villa Nova e o Tupynambás, que estão nas últimas posições, ainda teriam chances matemáticas de escapar. Outra opção seria o não rebaixamento em 2020, com previsão de se rebaixar quatro em 2021 e 2022, para o retorno da quantidade de 12 participantes em 2023, já que a segunda divisão (Módulo II) prevê o acesso de dois e o campeonato também está paralisado.

A classificação de momento apresenta o América na liderança com 21 pontos, Tombense 20, o Atlético em terceiro com 18 e a Caldense com 17. Seriam os quatro semifinalistas. Seguidos pelo Cruzeiro com 14, Patrocinense 12, Uberlândia 11, URT também 11, Boa Esporte 8, Coimbra 7 e na lanterna o Villa Nova 4 e Tupynambás 3.

 

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O tempo passa depressa: Luiza e Luca, filhos do Luiz Carlos Romualdo (Revista Point) e Adriana (Travessura), cada dia mais atleticanos.

 

 

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Ansiosos pelo fim da quarentena e volta do campeonato mineiro, Marcelo Mecânico (com o seu inconfundível chapéu com o Jacaré na cabeça) e o filho Samuel, presenças garantidas em todos os jogos do nosso Democrata.

 

 

ECOS DO PASSADO

 

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Que saudade da D. Luci e seu Laerte Fraga, com quem tive o prazer de dividir essa foto, feita pela neta deles, Ana Cláudia Moreira Fraga, em fins dos anos 1980. A partir da esquerda, D. Luci, Zulminha, Janu, seu Laerte, Fernando, eu, Fabinho, Felipe, Renatinho e o seu padrinho Geraldinho Ramalho.

 

 

 

 

 

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