Rubens Júnior começou cedo, mas não imaginava que chegaria onde está. Ainda estudante, no início da fase colegial, decidiu iniciar a carreira no rádio. Seu currículo mostra que a evolução foi na base de muito trabalho. Hoje, fazendo parte da equipe de esportes da rádio Itatiaia, acredita estar realizando um grande sonho. Na entrevista a seguir ele fala sobre sua infância, recorda de amigos que foram fundamentais para o seu sucesso, avalia o futebol sete-lagoano e o mineiro e, é claro, conta detalhes de sua trajetória.
Quem é Rubens Júnior
Filho de Rubens William Loura e Ronise da Silva Figueiredo Loura, tem 27 anos de idade. Morador do bairro São Geraldo, estudou nos colégios João Herculino, Anglo, Promove e fez o curso de jornalismo na UNI-BH. Iniciou a carreira aos 16 anos de idade na equipe de apoio da Rádio Eldorado de Sete Lagoas. Trabalhou em outras empresas de comunicação como as rádios Musirama, Inconfidência e ainda TV Alterosa (sucursal de Varginha). Também fez parte da assessoria de comunicação do América Mineiro. Atualmente faz parte da equipe de esportes da rádio Itatiaia.
Quais as suas principais lembranças de infância em Sete Lagoas?
Rubens Júnior – O que mais gostava de fazer era ir pra fazenda do saudoso Espadão, avô do meu grande amigo Bruno, onde a gente andava a cavalo, mexia com os bichos e, é lógico, jogava bola. Durante toda minha infância joguei no glorioso Bela Vista. Não gostava de faltar a um treino comandado pelos treinadores Abelardo e Careca. Também as brincadeiras na rua, o que hoje em dia não vemos mais.
Com surgiu seu interesse pela comunicação e pelo rádio?
Rubens Júnior - Sempre gostei de rádio e ficávamos imitando os grandes narradores. Nunca pensei que aquela brincadeira iria virar uma profissão. O rádio apareceu definitivamente quando eu ainda estudava, aos 16 anos, mas queria trabalhar. Com isso surgiu uma oportunidade de aprender a profissão na rádio Eldorado. O então coordenador Santiago Santos, viu potencial, acreditou em mim, e foi onde tudo começou.
O início da carreira no interior é sempre muito difícil. Você pensou em desistir e tentar outra profissão?
Rubens Júnior - A cada semana, e cada dia, eu me apaixonava mais pelo rádio, e tracei metas pra que tivesse futuro na carreira. Ouvia rádio o dia inteiro pra aprender com os grandes profissionais e carregava comigo uma forte autocrítica. A cada boletim, ou participação, sempre ouvia, e pedia opinião pra saber se estava no caminho certo. Como todo início nada é fácil, passava por cima de muitas situações. Pensar em desistir nunca passou pela minha cabeça.
Existe algum caso diferente deste início?
Rubens Júnior - Eu e meu amigo narrador Kenner Tarabal, como não tínhamos a chance, sempre íamos pro campo do Ideal narrar partidas de futebol amador em um gravador. No caminho encontrei várias pessoas que criticavam e não apoiavam, mas contei com grandes amigos dentro da rádio, namorada, família, em especial meu pai e meu tio Almir, que me davam fôlego pra continuar. Citar nomes é complicado, porque posso esquecer de alguns, mas cito Silva Junior, Vamberto Teixeira, Toninho e por aí vai. Foram grandes professores.
Tem alguma cobertura esportiva que marcou o início de sua carreira?
Rubens Júnior - Sem dúvida a minha primeira transmissão no Mineirão. Cruzeiro e Internacional, pelo Brasileirão. Tudo ali era muito novo, pisar naquele gramado, entrevistas que marcaram muito. Ver os grandes ídolos da comunicação me deu um ânimo pra continuar. Comigo estava o narrador Marcelo Ferreira, e acompanhando nas reportagens Vamberto. Meu pai, que sempre foi o grande incentivador, também estava conosco vivendo aquele sonho.
Como foi o começo em Belo Horizonte?
Rubens Júnior - Após ter adquirido uma boa experiência, em narração, reportagem, e apresentação, decidi alçar voos maiores. Foi quando tive o convite pra trabalhar na assessoria de imprensa do América. Me mudei pra BH, iniciei a faculdade, tudo era novo, mas me adaptei bem.
Quando e como foi sua chegada na Rádio Itatiaia?
Rubens Júnior - Antes de chegar na Rádio Itatiaia, passei por empresas que me credenciaram a ter aquela oportunidade. Sempre fui apaixonado pela rádio Itatiaia. Ao longo do caminho fiz várias amizades lá dentro, a trajetória não foi fácil, mas nunca pensei em desistir. Até que tive o convite da minha hoje diretora Úrsula Nogueira.
Quando você recebeu o convite para trabalhar na rádio a ficha demorou a cair?
Rubens Júnior - Confesso que ainda não caiu. Estou realizando um grande sonho, mas sempre fui muito pé no chão. Ter os ídolos na minha profissão como amigos, viver o dia-a-dia, é algo indescritível.
Quais as principais funções que você exerce atualmente na rádio?
Rubens Júnior - A rádio trabalha com escala semanal. O fato de não ter rotina é interessante e aprendo muito. Todos seguem uma linha da emissora. Faço produção dos programas, redação, reportagem e apresentação. Hoje o profissional tem que ser completo, o que a rádio preza bastante.
A pressão numa grande emissora que sempre quer sair na frente em toda notícia é forte?
Rubens Júnior - A rádio Itatiaia é a maior emissora de rádio do Brasil. Chegar ao topo é difícil, se manter nele também. A responsabilidade é enorme com a informação. A repercussão é muito grande, chega a assustar. Mas temos total apoio dos coordenadores que delegam bem as funções, e ainda contamos com o incentivo dos colegas. Além de tudo, a rádio está em todo lugar, oferecendo respaldo técnico pra entrar ao vivo. Sempre priorizando a informação apurada e em primeira mão.
Como você avalia as equipes mineiras?
Rubens Júnior - O futebol mineiro vive um dos seus melhores momentos. Cruzeiro e Atlético têm uns dos elencos mais fortes do Brasil. O torcedor está acostumado com títulos, o que gera uma cobrança natural. O trabalho está sendo bem feito, os resultados é as grandes competições que disputam e tem totais condições pra chegar ao título.
E sobre o nosso futebol sete-lagoano, qual a sua opinião?
Rubens Júnior - Não é nada agradável ver o Democrata fora da elite do Mineiro. O que nos dá uma boa expectativa são as boas pessoas que atualmente trabalham para o nosso Jacaré. Muito legal ver o trabalho de reestruturação no Bela Vista. Hoje ver o estádio revitalizado, cuidado, e com grandes projetos para o futuro é uma vitória pra nossa cidade. O apoio que sempre faltou, hoje é preenchido por pessoas dedicadas e que sem dúvida com o trabalho bem feito, o fruto é certo. Salve salve Jacaré e Periquito. Sem me esquecer dos grandes e tradicionais, Ideal, América, enfim. E o futebol amador que é a grande paixão, com campos sempre lotados.
Renato Alexandre
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