Fundado em 1958, inaugurado em 1964, o Iporanga Social Clube foi, durante décadas, cenário dos bailes e eventos mais elegantes da cidade.
Na década de 1990, com a mudança dos hábitos sociais da juventude esse movimento foi substituído por outras formas de laser e diversão, gerando um esvaziamento. O clube ficou sem ter o que oferecer aos seus sócios. Daí, um grupo resolveu assumir a responsabilidade pela recuperação do seu prestígio. Ao longo do tempo foi feito um revezamento, por via de eleição, na presidência e nas diretorias, no sentido de que todos colaborassem para essa revitalização.
No último dia 18 a diretoria recebeu associados e apoiadores para apresentar as reformas feitas na sede, que transformaram o local num dos ambientes mais modernos, agradáveis e novamente dos mais elegantes da cidade.
O SETE DIAS conversou com o atual presidente, Paulo Sávio Nunes de Barros e com o seu antecessor, que hoje ocupa a vice-presidência, Ivan de Andrade. Em tópicos, as respostas deles para cada questionamento do jornal.
MOTIVAÇÃO
O que nos motivou a assumir o clube é que todos os envolvidos, como sócios proprietários ou dependentes, freqüentaram o Iporanga nos anos dourados, quando ainda estavam em voga os “bailes de debutantes” e as “horas dançantes”
AS REFORMAS
Com o transcorrer do tempo a estrutura física do clube foi se deteriorando, além de desatualizada; as finanças estavam comprometidas devido ao afastamento dos sócios, bem como em razão da defasagem dos valores do aluguéis da única loja da Rua Lassance Cunha e dos salões disponíveis.
ADMINISTRAÇÃO
A estrutura administrativa já estava obsoleta e com pouca resposta às necessidades de modernização do
clube, com o agravante da situação do quadro social que dava sinais de envelhecimento, além das mudanças na sociedade para novos modelos de eventos e atividades sociais, para as quais o perfil do Iporanga não mais se encaixava.
A RETOMADA
A ideia inicial foi dotar o clube de estrutura para oferecer aos associados novas formas de laser ligadas à evolução dos costumes sociais. Para isso, foi necessária uma completa recuperação financeira e administrativa, com a modernização do modelo de gestão, enxugamento de despesas e saneamento das contas, visando a um maior controle do fluxo financeiro e o aumento da arrecadação, através dos alugueis, a fim de se ter condições para o início da restauração da estrutura física do prédio, sem o que seria impossível atrair novamente os associados.
EVOLUÇÃO
Terminamos a instalação de um novo elevador, com maior capacidade, que alcança o terraço do clube, transformado num novo espaço de convivência e eventos, o que se chama hoje de “rooftop”, que é o primeiro de Sete Lagoas e comparável, aos de Belo Horizonte. Além disso, depois de 59 anos da inauguração, estamos na fase de conclusão da reforma da fachada do edifício, com a instalação de moderno revestimento de ACM, que sem alterar o já moderno visual original do prédio, trará uma atualização de seu layout.
PROJETO ARQUITETÔNICO
Foi contemplada a reforma total da parte elétrica, hidrosanitária, esgotamento pluvial, cobertura do terraço do prédio, banheiros, cozinhas, escadaria, elevador, adequação para o Corpo de Bombeiros, regularização da documentação do clube perante a Prefeitura Municipal e Registro de Imóveis, construção de lojas no lote ao lado do prédio, além de medidas. A situação financeira do clube foi melhorando e se estabilizando, até o ponto de se chegar à construção de lojas no terreno ao lado do prédio, a fim de aumentar a arrecadação com aluguéis, sem o que o clube não chegaria à situação confortável em que se encontra agora.