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A Importância de Sete Lagoas para toda região em Saúde

Recentemente foi divulgado pela impressa regional e local o reinício das obras do Hospital Regional de Sete Lagoas para o início de fevereiro de 2023

06/12/22 - 12:00

Por Silvio de Sá

Atualmente a Superintendência Regional é composta por 35 municípios que somados possui uma população com mais de meio milhão habitantes. Esse grande contingente populacional indica que a cidade de Sete Lagoas pode se tornar um grande polo regional no campo da saúde. 
Acredita-se que o Hospital Regional terá capacidade para 236 leitos, sendo 21 de UTI Adulto e 15 leitos de UTI neonatal que serão disponibilizadas aos usuários do Sistema Único de Saúde. Entretanto, ainda não se sabe ao certo quais serão as especialidades clínicas que serão disponibilizadas pelo hospital, nem como será operacionalizada a gestão compartilhada e regional da saúde. 
Infelizmente, pela a lógica do discurso e da política, o mais interessante é dar a notícia que será construído um Hospital Regional, mediante a reserva de vultuosos recursos, mais de 101 milhões de reais. Ocorre que a garantia de recurso para a conclusão física de um Hospital Regional é uma preocupação secundária. 
Ora, é interessante afirmar que os cases de sucesso dos principais Hospitais Regionais do país e do mundo estão vinculados a uma prévia pactuação sobre a gestão compartilhada de um sistema regional de saúde. Por isso o plano fundacional de um Hospital Regional deve ser estruturado a partir de um acordo federativo bem delineado entre todos os atores que irão ter acesso ao serviço regional. 
Portanto, a definição do modelo de gerência/gestão da unidade regional é a pactuação mais importante a ser firmada. Delinear a modelagem de governança regional de modo a definir como será o controle colegiado da unidade de saúde é o que pode garantir eficiência, redução de custos e a consequente universalização, com qualidade do atendimento a ser disponibilizado aos usuários. 
O que todo usuário deseja é um SUS resolutivo, eficiente e habilitado a cumprir o seu papel de promover a saúde e tratar das doenças. Na prática isso significa que delinear como será a gestão de uma unidade regional de saúde, que comporta mais de 34 municípios, deveria ser a pedra angular para o sucesso do próprio sistema. 
É obvio que a alocação de recursos para a conclusão e entrega de uma Hospital Regional é fundamental para a efetividade de um projeto de saúde pública. Entretanto, se essa alocação de recursos não estiver atrelada um prévio programa de gestão regionalizada e compartilhada é bastante provável que gastos na manutenção do empreendimento de saúde serão crescentes. 
Por fim, a grande crise institucional que gira entorno aos Hospitais Regionais não diz respeito à capacidade do Estado em alocar recurso iniciais para a construção e entrega de uma unidade de atendimento. O grande problema diz respeito a gestão regional da saúde. Somente ela pode promover a eficiência dos gastos e a consequente redução dos custos com o ficto de assegurar a continuidade do serviço de saúde. 


 

Silvio de Sá

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