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O poder da empatia

Dentre as várias competências exigidas no ato de contratação de um profissional em grandes e médias empresas, a Empatia foi o requisito que mais potencializou a admissão de novos colaboradores no ano de 2022.

27/12/22 - 10:00

Por Silvio de Sá

Ademais, os principais relatórios mundiais que versam sobre as novas competências exigidas pelo mercado de trabalho, a Empatia é a mais desejada no universo coorporativo (world economic fórum). 
Na literatura moderna existem vários autores que buscam apresentar um conceito/significado para a palavra Empatia. No entanto, um ponto em comum sobre o significado da Empatia, entre os principais autores, é que ela pode ser vista como sendo uma competência que habilita os seres humanos a se colocar no lugar do seu semelhante. Quando alguém se coloca no lugar do outro é possível perceber com mais cuidado e com mais delicadeza a visão de mundo e as perspectivas que circundam a vida do nosso semelhante. A partir dessa conexão empática torna-se possível compartilhar sentimentos, desejos e aflições e isso é bastante significativo para o fortalecimento das relações interpessoais entre os seres humanos. 
Do ponto de vista da neurociência (John Eccles, 1999) a Empatia é composta por dois elementos: a) o elemento do pensar e; b) o elemento do sentir. Na linguagem científica os dois elementos recebem o nome de Empatia Cognitiva e Empatia Afetiva. A Empatia Cognitiva é a nossa capacidade de raciocinar, entender e imaginar o que o nosso semelhante está vivendo, pensando e sentido. Já a Empatia Afetiva é a nossa capacidade de sentir aquilo que o outro está sentido, ou seja, é a possibilidade de alguma forma deixar-se afetar pelo que o outro está sentindo. 
Por isso, o lema da Empatia é a capacidade de fazer aos outro aquilo que eles gostariam que você fizesse por eles. Perceba, não é fazer aos outro o que você gostaria que fizessem para ti, uma vez que as pessoas, por natureza, são diferentes e podem ter gostos diferentes dos seus.
Ainda segundo a neurociência a Empatia é uma competência inata, ou seja, todos os seres humanos já nascem com ela. Isso significa que desde o nascimento os nossos processos cerebrais são desenvolvidos para possibilitar uma conexão com o seu semelhante, sem qualquer distinção de cor, raça, classe social ou orientação sexual. 
Por fim, alguém pode se perguntar: bem se a empatia é uma competência que será cada vez mais exigida entre os profissionais do mercado de trabalho do presente e do futuro, o que fazer com as pessoas que são “pouco empáticas”? Acontece que o cérebro humano é incrivelmente extraordinário, o nosso cérebro possui uma grande capacidade de se adaptar aos estímulos, ou seja, se tornar uma pessoa mais empática só depende da pessoa e mais ninguém!
Portanto, da mesma forma que podemos apreender novos idiomas, tocar um determinado instrumento musical ou aprender um novo ritmo musical, também podemos aprender a sermos mais empáticos. Em síntese, todos nos nascemos com a competência da Empatia, mas, ao longo da vida, a decisão de potencializá-la só depende de nós. 


 

Silvio de Sá

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