Entrelinhas

Você se conhece?

Na Grécia antiga, havia como princípio norteador das mais influentes escolas de pensadores a máxima: “Conhece-te a ti mesmo”.

12/04/24 - 09:21

Por Juninho Sinonô

Não há consenso sobre o autor da frase, sendo atribuída pela maioria a Sócrates. O que pouco importa, diante à magnitude da ideia, superior a pessoa do seu criador. 
O que nos interessa é que depois disso, ela continuou a ser usada por outros estudiosos, psicólogos, psiquiatras e pensadores para firmar que antes das compreensões de todas as outras coisas, vem a compreensão interna, o autoconhecimento.
O maior risco de alguém é ele mesmo, tornando-se fatal o não reconhecido dos próprios defeitos. São eles que irão levar ao erro e em sequência ao dano. Literalmente pode estar dormindo com o inimigo. Você!


A compreensão das qualidades é fundamental, mas é menos importante do que identificar os pontos negativos.
 Por serem virtudes, falam por si e tem autonomia de agirem sozinhas, com menor dose de controle.
O que não acontece com as mazelas e fraquezas. 
Quando sem freio, elas podem levar todo o processo conquistado ao fracasso.
 Por isso precisam estarem domadas e no cabresto. Controláveis e perceptíveis tão logo se manifestem.Parece fácil, quando a questão é identificar e apontar os defeitos do outro. Mas não é quando se trata dos próprios. 
Porém, se há o empenho da busca, já é sinal de inteligência. 
Inteligência emocional, que nos permite condicionar as circunstâncias, a favor dos anseios almejados. 


Ora, se você sabe quais dos seus pontos fracos, dificilmente haverá algo que interfira passionalmente nas decisões a serem tomadas.
Terá maior capacidade de percepção, bem além do natural pré-julgamento automático, chegando a possibilidade de perceber que determinadas situações, apesar de aparentemente incomodas, podem trazer algo contributivo.
O primeiro passo, na busca do autoconhecimento é fazer o exercício “Darth Vade” do espelho e deparar-se com o seu  “lado negro” da força.
O que há de ruim na minha personalidade? O que mais me atrapalha do que ajuda? Porque não consigo me entender com aquela pessoa? 
Onde está o que me motiva a render e o que me leva a procrastinar? Quem me inspira? Quem me desanima? 


O que eles fazem para ter esse tipo de efeito no meu comportamento? O que eu gostaria de alcançar e porque não alcanço? 
Perguntas que formam o ponto de partida para identificar os nossos “pontos falhos”. O que elas têm em comum é que todas dizem respeito a quem as questionam, e não depende de outra pessoa para o alcance das respostas.
Não podemos mudar o outro, a menos que ele mesmo queira. 
Contudo, podemos mudar as nossas percepções e reações, o que pode ser o caminho mais rápido e prático para alterar a circunstância.
E você, se conhece?
 

Juninho Sinonô

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