COLUNA ESPÍRITA

Perdão – profilaxia da alma

Uma medida profilática indispensável para manter a saúde física e espiritual é o perdão.
Quando Jesus se refere ao perdão do Pai Celestial, não devemos, equivocadamente, fixarmo-nos naquela figura antropomórfica que perdoa e pune os homens diretamente. Ao referir-se ao Pai, o Mestre está simplesmente personificando as leis universais criadas pelo Todo Poderoso para sustentar a harmonia da Criação.
Ao perdoarmos, alijamos de nosso organismo físico e espiritual os fluidos tóxicos gerados pelo sentimento de rancor e mágoa. Esses fluidos são capazes de, quando insistentemente alimentados, levar à morte.
Embora a medicina do mundo ainda não reconheça, quase todos as enfermidades têm origem espiritual. A recusa ao perdão é responsável por muitas delas.
O sentimento hostil em relação ao próximo ou a nós mesmos canaliza energias espirituais deletérias para as regiões mais frágeis do corpo, bombardeando-as sistematicamente pelo tempo que durar a produção dos sentimentos infelizes.
A essa altura, alguém poderá estar se perguntando: Se o pensamento de ódio é dirigido a outrem, por que quem o emite é também atingido?
Deus, em sua suprema sabedoria, instituiu a lei de Causa e Efeito, que nos obriga a recolher tudo quando damos ao mundo e às pessoas. E a pessoa que odeia é prejudicada
duplamente. Primeiro porque, antes de exteriorizar as más energias, elas circulam e saturam a sua própria aura; segundo porque, após exteriorizada, a energia viaja pelo espaço, para depois retornar à pessoa que a emitiu.
O melhor remédio para curar-se das mágoas, desgostos, aversões, será sempre aquele recomendado por Nosso Senhor Jesus-Cristo: “Amai pois a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque Ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lucas, 6:35)
Se o Pai é benigno com os ingratos e maus é porque todos os desvios de conduta são transitórios. Todos nós, sem exceção, encontraremos um dia a Grande Luz. Então, quemsomos nós para condenar quem quer que seja?